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Data de publicação do verbete: 01/02/2023

Mauro Luna

Mauro da Cunha Luna, nasceu em 27 de julho de 1897, na cidade de Campina Grande. Foi poeta, professor, jornalista e guarda livros.
Data de publicação: fevereiro 1, 2023

Naturalidade: Campina Grande – PB

Nascimento: 27 de Julho de 1897 // Falecimento: 25 de novembro de 1943

Atividades artístico-culturais: poeta

Formação: professor, jornalista e guarda livros.

Mauro da Cunha Luna, nasceu em 27 de julho de 1897, na cidade de Campina Grande, filho do casal Baltazar Gomes Pereira Luna e D. Maria Santana da Cunha; casou-se com D. Augusta de Almeida Luna, tendo nascido dessa união doze filhos. Estudou no Colégio São José, dirigido pelo professor Clementino Procópio, recebendo os primeiros ensinamentos e noções de humanidades.

Em 1921, fundou o Colégio Olavo Bilac que funcionou até o ano de 1932. Aos quinze anos, em 1916 já ingressa no jornalismo como redator de A Voz da Borborema e A Razão, órgão oposicionista local, colaborando, também, nos demais jornais da região; dirigiu a Biblioteca Pública de Campina Grande. Para complementar o orçamento familiar trabalhava como guarda-livros em firmas comerciais e como professor dos Colégios Pio XI e Imaculada Conceição, porém, foi a poesia que o imortalizou. 

Em 1924, reuniu os seus poemas no livro intitulado Horas de enlevo, tendo sido, esta, a sua única publicação em livro, mas que recebeu referências elogiosas dos mais expressivos nomes de nossa literatura, a exemplo de José Américo de Almeida, João Ribeiro, Afonso Celso e Raul Machado.

Eleito para a Academia Paraibana de Letras e não podendo deslocar-se de Campina Grande até a capital, em virtude do seu estado de saúde, foi empossado por procuração, em 10 de março de 1943, tendo escolhido o Pe. Mathias Freire para representá-lo e que ocupou a cadeira cujo patrono era Irineu Joffily,renomado historiador paraibano, onde Mauro Luna, não chegou para prestigiar o mesmo, pois o encontro estava marcado para 15 de dezembro de 1943 e o mesmo veio a falecer  no dia 23 de novembro do corrente ano.

 

O Pau D’arco Amarelo

Sobranceiro, a ostentar o fulgido diadema,

Ei-lo, saudando o sol, na vastidão deserta!…

-Quem já viu, no escampado, um mais formoso poema,

Tão lindo que do artista as emoções despertam?…

Emblema da ansiedade e da beleza emblema,

Árvore secular, de flores cobertas,

Embora ante a intempérie, algumas vezes trema,

Rem nas flores gentis, uma divina oferta!…

E quando o astro da noite, em êxtase flutua,

O pau d’arco recebe os óculos da lua,

Balançando, de manso,a cabeleireira em flor…

Na sua como ondeante abriga a passarada…

E põe, na insipidez da terra abandonada,

Uns resquícios de sonho e uns sussurros de amor!…

Sandra da Costa Vasconcelos

Referências

http://antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/mauro_luna.html

http://novo.aplpb.com.br/academia/academicos/cadeiras-11-a-20/181-n-18-fundador-mauro-luna 

LUNA, Mauro. Horas de enlevo. Edições da Comissão Cultural do Centenário, Prefeitura Municipal de Campina Grande : 1964.

CÂMARA, Epaminondas. Do cientista Irineu Joffily ao poeta Mauro Luna, Revista da APL, nº 02, p.103. João Pessoa: 1947.

REVISTA DA ACADEMIA DE LETRAS DE CAMPINA GRANDE. Ano I, nº 01,

1993.