Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 28 de Novembro de 1938 // Falecimento: 8 de julho de 2003
Atividade artístico-cultural: escritor
Atividades profissionais: jurista, político e professor.
Cargos Exercidos: governador da Paraíba por dois mandatos (1979-1982) e (1987-1991), deputado federal (1983-1987).
Formação Acadêmica: Graduação em Direito pela UFPB, Mestrado em Sociologia da Educação pela Poitiers (França), Doutorado pelo Instituto Universitário de Altos Estudos Internacionais em Genebra (Suíça).
Premiações e Homenagens:
- Placa de homenagem do Ministério da Educação e Cultura – FUNARTE – Brasília (1978)
- Medalha Nilo Peçanha (Centenário de Nascimento) – Ministério da Educação e Cultura – Brasília (1979)
- Placa de homenagem do Poder Judiciário da Paraíba (1980)
- Placa de homenagem da Universidade Estadual de Maringá-PR, por ocasião do II Encontro Nacional de Filosofia do Direito, onde proferiu conferência sobre “Aspectos da Teoria Geral do Direito” (1981)
- Placa de reconhecimento da CCSH da Universidade Federal de Santa Maria – Rio Grande do Sul (1981)
- Medalha de Professor visitante da Universidade Federal de Santa Catarina, onde proferiu conferência sobre o tema “Kelsen e o pensamento conjectural” – Florianópolis-SC (1987)
- Comenda D. Pedro I, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo-SP (1987)
- Comenda da Ordem do Congresso Nacional – Grau de Grande Oficial – Brasília (1987)
- Medalha do Governo Berlinense, por ocasião da exposição de arte atual de Berlim, no Espaço Cultural José Lins do Rego – João Pessoa (1988)
Obras Literárias:
- A nova conceituação do Direito
- Reflexões sobre o Direito Internacional Costumeiro
- Aspectos da Epistemologia Jurídica
- Direito e fato na ordem jurídica internacional
- A concepção kelseniana do Direito Internacional Costumeiro
- Estudos jurídicos, sociológicos e literários
Antes de entrar na política, Tarcísio foi promotor de justiça no município de Araruna, depois atuando como professor universitário lecionou na UFPB, também exercendo funções administrativas, como a de Chefe de Gabinete da Reitoria e Diretor da Faculdade de Direito. Casou-se com a professora Glauce Maria Navarro Burity com quem teve quatro filhos.
Em 1975, foi nomeado secretário da Educação e Cultura pelo governador Ivan Bichara por intermediação de José Américo de Almeida. Através de eleição indireta assumiu a posição de governador em 1979 pelo partido ARENA, renunciando ao cargo em 1982 para disputar como deputado federal, recebendo a segunda maior votação da história da política paraibana, um total de 173 mil votos, ficando só atrás de Pedro Cunha Lima nas eleições de 2014.
Em 1987 assumiu seu segundo mandato como governador, pelo partido PMDB, se manteve no cargo até 1991, seus mandatos foram marcados por grandes obras e incentivo à cultura, inaugurou o Espaço Cultural José Lins do Rego, a Orquestra Sinfônica da Paraíba recebeu investimentos. Inaugurou também a reforma do Mercado de Artesanato da Paraíba, do Centro Turístico da via litorânea em Intermares no município de Cabedelo. Construiu o Hemocentro, o Hospital de Trauma ambos em João Pessoa, também responsável pela reforma do Terminal Rodoviário.
Também sob sua gestão, concluiu a construção de 50 mil moradias, sendo responsável pelo maior programa habitacional da Paraíba. 1500 km de estradas pavimentadas, ajudando a conectar inúmeros municípios do estado, além da construção do terminais rodoviários de Campina Grande, Guarabira, Patos e Cajazeiras. Também responsável por obras de ampliação do porto de Cabedelo, aumentando sua capacidade produtiva.
Burity ocupou a Cadeira 26 da Academia Paraibana de Letras, onde ingressou em 14 de agosto de 1992, era respeitado como intelectual, tendo escrito livros sobre Literatura, Sociologia, Direito e outros temas. Em 5 de novembro de 1993, enquanto comia no restaurante Gulliver em João Pessoa, sofreu um atentado por Ronaldo Cunha Lima, que desferiu três disparos, o motivo da tentativa de homicídio, deve-se as acusações de corrupção feitas por Tarcísio contra Cássio Cunha Lima, filho de Ronaldo. Tarcísio foi socorrido ficando vários dias em coma, mas sobreviveu ao ataque.
Por duas vezes, se candidatou ao Senado Federal em 1998 e 2002, não conseguindo ser eleito em ambas eleições. Tarcísio faleceu em 2003, aos 64 anos após ficar três dias internado INCOR em São Paulo, por consequência de problemas cardíacos. Sua esposa Glauce afirmou em entrevista que a morte de seu marido foi ocasionada por sequelas provocadas pelos disparos efetuados pelo então governador na época, Ronaldo Cunha Lima. Jonas dos Santos
Referência:
