O maior conteúdo digital de cultura regional do Brasil
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 30/01/2023

Matias Freire

Matias Freire foi poeta, padre, deputado, professor e diretor da antiga escola normal e do lyceu paraibano.
Data de publicação: janeiro 30, 2023

Naturalidade: Cidade de Parahyba – PB

Nascimento: 21 de Agosto de 1882 // Falecimento: 30 de Março de 1947

Atividades artístico-culturais: poeta

Atividade profissional: padre, deputado, professor e diretor da antiga escola normal e do lyceu paraibano

Matias Freire nasceu na cidade de Parahyba, atual João Pessoa, no dia 21 de agosto de 1882, chegando a presidir a assembleia do estado em 1913. Cursou o secundário no seminário de sua cidade natal e ordenou-se padre em Recife, ao voltar a Paraíba dedicou-se a poesia e à filologia, tendo sido professor e diretor da antiga escola Normal e do Lyceu Paraibano, publicando na imprensa local artigos que muitas vezes provocavam algumas pessoas da sociedade. Em 1908 exerceu vários mandatos de deputado estadual, chegando a presidir a Assembleia do estado em 1913. Nesse mesmo ano, foi escolhido pelo presidente estadual João Pereira de Castro Pinto para representar a Paraíba no V Congresso brasileiro de Esperanto realizado no Rio de Janeiro.

Participou da Revolução de 1930, no posto de major, e em outubro de 1934, foi eleito deputado federal pela Paraíba, cumprindo mandato de maio de 1935 a 10 de novembro de 1937, quando o golpe do estado novo suprimiu todos os órgãos legislativos do país. No Instituto Histórico e Geográfico foi membro e sócio-fundador da Academia Paraibana de Letras, vindo a falecer no dia 30 de Março de 1947.

Entre suas poesias estão as obras: França Eternelle, Opus e Romaria.

 

Romaria

Virgem das virgens, eu de longe venho,

Ao sol ardente e à poeira aborrecida,

buscando a sombra azul de tua ermida

e nisto pondo o mais sagrado empenho.

Dentro em minha alma tua imagem eu tenho,

branca, rezando, meiga, aparecida,

como aurora de amor de minha vida,

como a estrela polar de meu engenho,

Padre e Poeta, arcanjo e passarinho,

quero eu viver, sonhar , dormir sozinho

Nesse degraus de luz de teu altar…

Abre o teu nicho e guarda-me contigo

E, como ao sol beijando o loiro trigo,

Mostra teus pés e deixa-me os beijar.

Sandra da Costa Vasconcelos

Referências:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/matias_freire.html

Almanaque da PB: Bittencourt, L.Homens 2 Boletim Min. trab. (5/360; CÂM.DEP.Deputados; CÂM.DEP.Relação dos dep.Diário do Congresso Nacional ;FREIRE, G.Ordem;Maia,S.cronicas;PINTO,L.Antologia.

PINTO, Luiz.  Coletânea de poetas paraibanos.  Rio de Janeiro: Ed. Minerva, 1953.  155 p.  16.5 x 24 cm.  Ex. bibl. Antonio Miranda