Naturalidade: João Pessoa – PB
Atividades artístico-culturais: Cantora e Compositora
Instagram: https://www.instagram.com/gabyhardman_/
YouTube: https://www.youtube.com/@gabyhardman
Gaby Hardman é cantora e compositora paraibana, nascida em João Pessoa, mas criada em Bayeux. As primeiras experiências com a música vieram ainda nos grupos de música gospel. Gaby no início de sua carreira desenvolveu algumas parcerias com Gramhma MC. Tendo, fortes influências do rap, reggae, samba e forró, sendo dona de letras politizadas e amorosas, seguindo um ecletismo musical.
Psicóloga de formação, Gaby também carrega em seu currículo o 2º lugar no Miss Paraíba 2021. Ainda criança ela deu os primeiros passos com a dança e depois com a música, participando de testes para cantar nos ministérios da igreja. Estudou violão na Escola de Música Anthenor Navarro. Foi lá onde ela passou a compor as primeiras canções. Na pandemia ela exercitou mais o trabalho autoral compondo canções de amor doído e sobre o olhar feminino sobre o amor e as relações. As inspirações vêm da poesia e da filosofia.
Em março de 2023, irá gravar em estúdio o projeto audiovisual Clã Sessions. O que se verá a partir deste trabalho provavelmente vai surpreender quem conheceu a artista de Bayeux antes da pandemia. Foi através do reconhecimento de suas raízes negras o principal responsável por tamanha mudança de trajetória. Ela só saiu do círculo religioso da igreja neopentecostal Nazareno há cerca de dois anos, seduzida pelo ritmo da música urbana e pelo desejo de descobrir mais sobre outras religiões, em especial aquelas de matrizes africanas. Gaby passou a frequentar as apresentações de rap local, sendo a única mulher a participar das batalhas sonoras e a fazer parcerias com artistas do gênero da cidade.
Não sentia a liberdade de colocar as suas próprias músicas na igreja, passando a ter diversas percepções sobre as questões religiosas. Foi quando passou a compor com MC Gramhma, que levou Gaby a dar início a sua carreira em lives divulgadas nas redes sociais em dezembro de 2021. Mas tudo isso ainda é uma novidade para a jovem, que tinha pouco conhecimento de artistas que fazem as músicas seculares, ou músicas do mundo, como definem os religiosos.
Como veio da igreja, é tudo muito novo e recebeu uma chuva de inspirações. Nunca havia cantado samba e fez um show recentemente só cantando sambas e pagodes, a satisfação que agora experimenta. Mas essa transição não é fácil e muitas vezes resulta em muitas perdas. Também lembra que passou por muitos episódios de racismo e preconceito quando era criança. Sofreu muita confusão de identidade. Isso começou a dar muito conflito dentro da igreja e acabou não mais se identificando com a igreja.
A Gaby que cantava na igreja não é tão diferente da Gaby de hoje, no sentido da própria personalidade e da fé que deposita nas pessoas, na música e na positividade sobre as coisas. A caminhada é um pouco difícil. É muito trabalho e dedicação aos estudos. Mas considera muito prazerosa, como se tivesse encontrado aquilo pelo qual nasceu para fazer. Sempre respirando música e se não fosse por isso não saberia quem seria de verdade.
Algumas de suas composições autorais: ‘Você que lute’, ‘Espinho na carne’, ‘Mangabeira’ e ‘Terra arrasada’.
Jonas dos Santos
Referências