Anderson Lima
Hoje, 18 de maio, celebra-se o Dia Internacional dos Museus. A data foi instituída pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), em 1977, com o intuito de promover os museus enquanto equipamentos importantes para a cultura e sociedade, além de incentivar a visitação e apreciar esses espaços. O Conselho Internacional de Museus (ICOM) foi criado em 1946 e desde então dedica-se à preservação do patrimônio cultural e natural do mundo, seja ele material ou imaterial.
Para celebrar a data, o Paraíba Criativa listou cinco museus localizados na Paraíba que você precisa conhecer:
1- Museu do Algodão
O Museu foi inaugurado na década de 70, quando o algodão era conhecido como “ouro branco” e fomentava bastante a economia local. O Museu do Algodão fica localizado no prédio onde funcionava a velha estação ferroviária de Campina Grande. O acervo do Museu é composto por fotos antigas e maquinário da época. Os visitantes, além de terem a oportunidade de conhecer a cultura e a história do algodão, ainda têm a oportunidade de visitar o memorial do trem.
2 – Museu Casa de Pedro Américo
O Museu Casa de Pedro Américo é parte do fabuloso conjunto arquitetônico da cidade de Areia. A cidade, localizada no alto da Serra da Borborema, foi tombada pelo IPHAN em 2005. O prédio onde nasceu Pedro Américo de Figueiredo e Melo tem como missão institucional preservar, enaltecer e divulgar a vida e obra do grande pintor areiense.
Pedro Américo foi um dos maiores pintores do Brasil deixando obras que permanecem vivas até hoje no imaginário coletivo da nação, como “Batalha de Avaí”, “Fala do Trono” e “Tiradentes esquartejado”, reproduzidas aos milhões em livros escolares em todo o país.
A casa tem uma construção simples, com uma porta e duas janelas na frente. No Museu há, expostos numa vitrine, objetos de uso pessoal do artista, como alguns pincéis e um velho esquadro. Também há uma palmatória que pertenceu à sua mãe, um álbum de caricaturas, fotos da família e livros escritos por ele na Europa: “Holocausto”, em 1882, “O Foragido”, em 1899, “Na Cidade Eterna”, em 1901; além de um crucifixo e um vidro contendo uma página de jornal, retirados de seu caixão mortuário. Na outra sala funciona a galeria de areienses ilustres. No total, o acervo conta com 150 peças.
3 – Museu Casa de Margarida Maria Alves
Localizada no município de Alagoa Grande, a casa onde morava a líder sindical Margarida Maria Alves e sua família se tornou um museu, onde estão expostos instrumentos que lembram a luta dos trabalhadores rurais, como fotografias, jornais que noticiaram o assassinato da mulher, cartas, depoimentos, certidões de nascimento, casamento e óbito, utensílios pessoais de Margarida, objetos da casa, documentos, fotografias, cartazes, livros, e outros itens.
Sua eleição como presidente de um sindicato foi considerada algo inédito para “uma mulher” naquela época. Em seu discurso na comemoração do Dia do Trabalhador, em 1º de maio de 1983, Margarida Maria Alves denunciou que vinha recebendo ameaças de morte e falou sua frase mais famosa: “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”. No dia seguinte, ela foi assassinada, na janela da sua casa, enquanto comia uma espiga de milho.
4 – Museu da Cannabis
O Museu da Cannabis foi inaugurado recentemente em João Pessoa e é uma iniciativa da Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (ABRACE), uma organização não governamental que defende e produz o uso da cannabis no Brasil.
O museu funciona no Parque Solon de Lucena, em um prédio localizado ao lado da sede da Abrace. No local, é possível conhecer a história da planta e algumas curiosidades, como a utilização dela enquanto matéria-prima para fabricação de objetos como corda, concreto, fio, tecido e papel.
O acervo do Museu conta com relíquias, jornais antigos, capas de filmes, revistas e alguns equipamentos que costumavam ser utilizados na produção do cânhamo (uma variedade da cannabis). O local também contará com uma área de projeção 3D.
5 – Museu da Cidade de João Pessoa
O Museu da Cidade de João Pessoa fica localizado na Praça da Independência, na capital. O equipamento cultural, que pertence ao Governo do Estado, é localizado no prédio onde residiu o então presidente da Paraíba que deu o nome da cidade, João Pessoa.
O Museu conta com uma exposição de longa duração que conta a vida do político. Além disso, conta a história passada e cotidiana da cidade e do seu povo. O equipamento cultural também promove exposições temporárias em diversas facetas artísticas.
Na capital paraibana acontece a 21ª Semana Nacional do Museu. A Fundação Espaço Cultural (Funesc) deu início a celebração no dia 15 de maio. Com o tema “Museus, sustentabilidade e bem-estar”, tem como objetivo destacar a importância dos museus como espaços que promovem o bem-estar e a sustentabilidade e apoiar três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU): Saúde e Bem-Estar Global, Ação Climática e Vida na Terra.
Confira a programação:
21ª Semana Nacional dos Museus – Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar
MUSEU JOSÉ LINS DO REGO
15/05/2023 a 21/05/2023 – 9h às 16h30
Exposição – Vida e Obra de José Lins do Rego, com visitação de escolas
das redes estadual e municipal, com ação educativa visando aprimorar e solidificar a temática da sustentabilidade e bem-estar.
Contato: museufunescpb@gmail.com | Tel: (83) 3255-8721
MEMORIAL ABELARDO DA HORA
18/05/2023 a 30/06/2023 – 18h
EXPOSIÇÃO – Projeto Fora de Hora. Exposição Minha Hora Ancestral.
Kadu Tapuya – Artista multimídia, produz obras centradas no Futurismo
Indígena. Integra o Movimento de Retomada Mata Sul Indígena.
Visitação – Terça a Sexta, das 9h às 17h | sábado, domingo e feriados: 13h às 19h
20/05/2023 a 21/05/2023 – 14h às 17h
OFICINA – Feira e Oficina de artesanato – Indígenas Warao
Inscrições: https://forms.gle/aTj3CTcUxAHYAhPR7
Contato: mah.funesc@gmail.com | Tel: (83) 3255-8710