Naturalidade: Recife- PE // Radicado em João Pessoa – PB
Atividade artístico-cultural: escritor
Natural da cidade de Recife (PE), Douglas Luiz de Oliveira Santos mora há 11 anos em João Pessoa no estado de origem do seu pai, e se considera paraibano de coração. Ele possui dois romances inéditos. Um se chama “Muito antes do grande silêncio”, que fala sobre a situação de um pescador que vive numa vila de uma ilha e deseja sair do local, mas não consegue, sendo uma grande metáfora de alguém que procura mudar de paisagem. O outro é “Quem queres tu de mim”, em que uma família se reúne para um jantar, só que os personagens vão refletindo sobre a ausência de um dos seus membros, que faleceu um mês antes e faz falta no sistema familiar, sendo um romance de reminiscências. Ele foi um dos vencedores do 3º Prêmio Literário Máquina de Contos, promovido pela Editora Graviola Digital (RJ), como primeiro representante da Paraíba a ganhar o evento com seu conto “O incerto destino de Isaías Abreu”, onde teve mais de mil inscrições de todo o Brasil. O objetivo deste evento, é valorizar a cultura nacional e revelar talentos, com criatividade e o domínio técnico, se tornando critérios utilizados para selecionar os vencedores.
Douglas Oliveira informou que escreveu o conto há cerca de cinco anos. “O texto estava guardado na gaveta, que é o modo de dizer, pois agora é no arquivo digital. Gosto de variar a paisagem dos contos e, por isso, escolhi esse texto para inscrever no prêmio literário porque é ambientado no Sertão do Seridó, do Rio Grande do Norte, e, para isso, fiz mudanças e aperfeiçoamentos no texto. Esse é um dos poucos contos que tenho ambientado nessa região sertaneja e fiquei contente pela premiação, já que, normalmente, as paisagens retratadas em contos são urbanas”, diz Douglas. Sobre seu premiado texto ele ainda ressalta: “Basicamente, é o conto de um personagem só e de clima introspectivo. Trata-se da história de um homem que tenta assassinar uma pessoa em um sítio de sua propriedade. Depois da tentativa do crime, ele permanece recluso no mesmo imóvel, onde passa a refletir sobre as consequências do ato que cometeu e sobre a própria paisagem. É uma pessoa muito rígida, pouco flexível, diante da vida, o que é comum entre os homens. É um conto muito solar, como se ele estivesse atravessando um inferno interior, que se assemelha à aridez do ambiente”.
Sandra da Costa Vasconcelos
Fontes:
https://www.maquinadecontos.com.br/premio/index.html