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Festival Garapirá: a valorização do coco de roda e da ciranda dos indígenas potiguaras da PB

Festival Garapapirá acontece em agosto. Arte: Flora Santos

Amanda Vasconcelos

Duas tradições ímpares nas aldeias do litoral norte paraibano que foram registradas pelas missões de pesquisas folclóricas em 1938 são o coco de roda e a ciranda dos indígenas potiguaras da Paraíba. Essa arte se diferencia pela forma característica da dança, canto e formação instrumental. Partindo da vontade de valorizar essa cultura e tradição, surgiu o Festival Garapirá.

O festival será realizado no dia 12 de agosto na oca da anciã Mariinha, localizada na aldeia laranjeira, Baía da Traição (PB), tendo horário de início a partir das 8 horas da manhã. O evento conta com onze atrações e uma roda de conversa, sendo elas Coco de Roda da Aldeia Cumaru, Ciranda e Coco de Roda da Aldeia Estiva Velha, Coco de Roda da Barra de Mamanguape, Coco de Roda da Barra do Camaratuba e Garganta de Ouro (Aldeia três Rios). Além do Coco de Roda Potiguara Flor de Laranjeira (Aldeia Laranjeira), Toré Potiguara Ancião (Aldeia São Francisco), Coco de Roda da Aldeia Tramataia, Boi de Reis boi valente (Rio Tinto), Robinho poético (Aldeia Alto do Tambá) e Mulheres indígenas Zabumbeiras com Zefinha de Cumaru, Mestra Penha (convidada especial), Dôrinha, Rita Zabumbeira e Dona Xoxa.

A roda de conversa sobre o coco de roda e ciranda nas aldeias potiguaras, conta a presença de Seu Nelson, Dona Xoxa, Davi, Socorro, Cleiton, Mariinha, Zé Bitú, Seu Djalma e Mestre Tonhô.

Zé Silva, integrante do Coletivo Estrela D´alva, que fez o evento acontecer, afirma a singularidade do coco de roda e ciranda dos potiguaras:  “Eu sempre achei muito potente o coco de roda e ciranda dos potiguaras, mas pouco valorizado no território paraibano. É um coco muito característico, com dança, coco, instrumentação, é algo muito particular deles”.

O Coletivo Estrela D´Alva é composto por Zé Silva, Willa Cabral, Juliana Carneiro e Guilherme Vieira. O Coco de Roda Potiguara Flor de Laranjeira também é organizador, composto por  Marilene, Lourenço e Mestre Miguel.

“A expectativa é que venham muitas pessoas e que isso seja o pontapé para outros festivais Garapirá acontecerem. É importante mostrar o que é o coco de roda e ciranda indígena potiguara da Paraíba”, conta Zé Silva.

Para mais informações: @coletivoestreladalva_

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