Naturalidade: Sousa – PB
Nascimento: 3 de novembro de 1990
Atividade artístico-cultural: poeta
Atividade exercício-profissional: professor
Ramon Diego nasceu em Sousa-PB e é professor e poeta. Doutorando em Literatura Comparada, pesquisador das questões que envolvem literatura, espaço e memória cultural, pela UFRN. Membro do grupo de pesquisa Ponte Literária Hispano-brasileira, dentro da linha Literatura comparada: estudos hispano-brasileiros. Mestre em estudos literários pelo programa de pós-graduação em letras da Universidade Federal de Sergipe (2018). Graduado em letras português-francês pela Universidade Federal de Sergipe (2015). Possui experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira sob a metodologia da Literatura Comparada, estabelecendo relações com outras áreas das humanidades, em especial com a filosofia e a história. Pesquisador na área, em 2013 com o apoio de seus leitores lançou uma campanha na rede social Facebook para a publicação do seu livro. A campanha funcionou nos moldes do orçamento participativo, no qual cada leitor contribui financeiramente para que seu livro fosse publicado, doando a quantia que lhe conviesse. Ramon conseguiu todo o dinheiro do livro, publicando sob o título de “Viagem Rasa”. O livro foi repercutido nacionalmente nas redes sociais e teve crítica internacional, com a jornalista venezuelana Rosa Marya Marcano. Em 2016, lançou mais um livro de poesias intitulado “Argamassa do silêncio” pela Editora Multifoco (RJ) com comentários de escritores como Antonio Carlos Viana.de literatura e memória e literatura e espacialidades.
Alguns de seus poemas se intitulam como: Via-Láctea, Ascendência, Decorar, Domingo, Em Defesa do Lírio, entre outros.
VIA LÁCTEA
Há um gato no avesso da noite.
Me incorporo ao bigode
de estrelas
que compõe
o seu rastro insone.
Seu suspiro
é um pesar inquieto
como a cauda
de um cometa
em chamas.
Há um gato no avesso da noite.
Seu miado revela a malícia
dos que, há muito,
não dormem, nem comem,
sob a pedagogia do corpo.
Nos seus olhos
dois sóis se equilibram
farejam e se impacientam,
aos prazeres da sombra
no húmus.
Há um gato no avesso da noite.
Espelhado na luz que o incendeia,
a tigela em que ele reflete,
constitui a sua via láctea.
Sandra da Costa Vasconcelos
Fontes: