Naturalidade: Monteiro – PB
Nascimento: 13 de dezembro de 1929
Atividades artístico-culturais: poeta popular, repentista, escritor e memorialista.
Instagram: @zedecazuza
Facebook: Zé de Cazuza
E-mail: poetazedeczuza@gmail.com
Contato: 83 99894-5689
José Nunes Filho é poeta e conhecido nacionalmente por ‘O homem gravador’, título que lhe rendeu uma reportagem no Globo Repórter. Começou a frequentar as cantorias aos cinco anos. Aos seis, já guardava versos na cabeça. Quando se mudou para a zona rural de Prata, onde vive até hoje trabalhando também com agricultura e criação de gado, foi vizinho de Zé Marcolino, mestre cantado por Luiz Gonzaga. Em sua casa costumavam ir Lourival Batista e Pinto do Monteiro, dois dos maiores do seu tempo. A vertente cultural do poeta, tem tido continuação através dos seus filhos, sendo eles o apresentador de festivais de viola, Felisardo Moura, os Vates Violas, banda criada por seus filhos Luiz Homero e Miguel Marcondes e o forrozeiro Antenor Cazuza que criou a banda ‘Forró Prestando’.
Em 2010, foi reconhecido como Mestre das Artes da Paraíba, equivalente ao registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco. Nas palavras de Jansen Filho, Zé de Cazuza é um “misto de vaqueiro e poeta, alma coberta de sol e poesia”. Segundo o folclorista Francisco Coutinho Filho, ele é “o mais apurado admirador sertanejo da nossa poesia brava”.
Cabeça meio achatada sob o chapéu de feltro, relógio no punho, sorriso vibrando cada palavra, é assim que Zé de Cazuza continua sua saga como o principal memorialista da geração clássica de poetas do Sertão do Pajeú. “Não tem mais cantador, não. Jovem, não mais. Todos eles têm entre 40 e 50 anos de idade”, diz o poeta Cazuza.
Se a poesia cantada do Pajeú não respirava academias, menos ainda se destinava ao papel. “Naquela época, em que também os meios de comunicação eram escassos, os poetas eram também cronistas e informadores dos fatos sociais do mundo. A poesia era feita e consumida na hora”, comenta o professor de filosofia e pesquisador Marcos Nunes da Costa. Sem Zé de Cazuza, muito do que foi declamado no calor do improviso jamais teria se tornado clássico com o tempo, se não fosse a atenção de Zé de Cazuza. Dono de uma memória prodigiosa, ele simplesmente decorava os grandes versos nascidos nas rodas de glosa e cantoria. “Só não entrava na cabeça dele o verso ruim”, diz o pesquisador.
Sandra da Costa Vasconcelos
Fontes:
http://culturapopular2.blogspot.com/2010/05/ze-de-cazuza.html
https://beraderos.blogspot.com/2023/04/ze-de-cazuza.html
Pesquisadora Severina Luís de França.