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Data de publicação do verbete: 01/11/2023

Otacílio Albuquerque

Médico e Político.
Data de publicação: novembro 1, 2023

Naturalidade: Areia – PB

Nascimento: 21 de fevereiro de 1874

Falecimento: 27 de dezembro de 1954

Atividade Profissional: Médico e Político 

Otacílio Camelo de Albuquerque foi um médico e político brasileiro. Foi prefeito de Areia e de João Pessoa entre 1908 a 1911, senador pela Paraíba de 1923 a 1924 e deputado federal.

Era filho de João Aureliano Camelo de Albuquerque e Mariana Borges da Fonseca. Sobrinho de Francisco Xavier Júnior, jornalista, educador e autor do livro Lições de Língua Materna (1906). Foi no colégio do tio, o Culto às Letras que iniciou com 17 anos a docência, primeiro em Areia, depois na Capital, no Colégio Paraibano, antes de concluir os preparatórios do Liceu Paraibano. 

Fez carreira como professor de Álgebra, do Lyceu, tendo antes exercido as cadeiras de História Natural, Física e Química e Higiene da Escola Normal, o qual durou mais de 30 anos, gozando de prestígio considerável entre os alunos. Sua carreira de jornalista teve início, aos dezoito anos, como redator e diretor do jornal A Verdade. Como era comum aos homens de letras da época, ele era também ator e autor de teatro. Em 1893 viajou para o Rio de Janeiro a fim de iniciar seu curso de medicina. Sua ida ao Rio de Janeiro foi a saída que encontrou para conciliar trabalho com estudo. Para ele, naquela época, só na capital poderia ter tido essa oportunidade. A passagem foi comprada com a ajuda de todos os parentes pobres. No Rio, passou a lecionar no Colégio Abílio, onde dispunha de casa, comida e um ordenado tão pequeno que mal chegava para as passagens de bonde. Além de aluno de medicina e professor, Otacílio de Albuquerque também escrevia peças de teatro nas horas vagas, o que lhe garantia algum extra. Suas peças – aquelas escritas em Areia e as do Rio de Janeiro – foram encenadas na capital federal com sucesso. Ainda na condição de estudante, voltou para Areia, em 1897, a fim de casar com Zulmira Ribeiro dos Santos Coelho. Depois de formado, volta à terra natal onde é recebido com festas e foguetório. Na guerra travada entre os Cunha Lima e os Simeão Leal, Álvaro Machado, então governador da Paraíba, o escolheu para prefeito de Areia (1904 a 1908) por não pertencer a nenhum dos dois grupos. Participou depois de várias disputas até ser eleito deputado federal, em 1913, quando mandou arrancar a placa de médico da sua porta e fugiu da clínica. Foi também deputado estadual. Entre outras atividades, era poeta e costumava fazer sonetos corretos, com os quais premiava os inimigos. Eça de Queiroz e seus romances foram suas leituras preferidas até o fim da vida. Depois do rompimento político com Epitácio Pessoa, passou a utilizar a seção de sátira de O Jornal, que dirigia com Rodrigues de Carvalho, para atacar seus inimigos, utilizando-se do pseudônimo de Biête do macaco. Contra José Américo de Almeida, utilizou o Correio da Manhã, folha de propriedade de Ruy Carneiro. Segundo seus biógrafos, foi o pioneiro na ideia do voto secreto, que foi divulgado na Câmara Federal, na imprensa da Paraíba e do Rio. Sua paixão pela imprensa, se revelava de vários modos, inclusive na assinatura de O Jornal, folha do Rio, do seu amigo Assis Chateaubriand. Data de 1926 a sua participação ativa nos jornais paraibanos. Vários artigos foram escritos em O Jornal, onde foi redator-chefe de 1926 a 1927, da capital paraibana. Após o seu fechamento do jornal, Otacílio foi  escrever na imprensa do Recife, no Diário da Manhã e Jornal do Recife, entre 1928 e 1929. No fim da vida, viúvo, residiu no Paraíba Hotel, indo algumas vezes ao Rio de Janeiro para visitar os filhos. Em 1953 passou a residir naquela cidade, no bairro de Copacabana, casa de uma filha, onde faleceu em 27 de dezembro de 1954, onde em sua homenagem, Ruy Carneiro deu-lhe o nome de um grupo escolar, tendo sido sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano – IHGP onde publicou Impaludismo no Rio de Janeiro.

Sandra da Costa Vasconcelos

Fontes: 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Otac%C3%ADlio_Albuquerque

ALMEIDA, Horácio. Brejo de Areia. Memórias de um município, 1958 PINTO, Luiz. Octacílio de Albuquerque. Época. Vida. Obra. Rio de Janeiro: Minerva, 1966.

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