Naturalidade: João Pessoa – PB
Atividade artístico-cultural: flautista, cantora, saxofonista e compositora
Formação Acadêmica: Bacharelado em Música e Mestrado em Etnomusicologia pela Universidade Federal da Paraíba
Premiações: Prêmio Funarte de Música Brasileira
Álbuns lançados: Doces Águas (2021)
Site: https://linktr.ee/soumarisantana
Instagram: https://www.instagram.com/soumarisantana/
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCzbX2Fhpvgxciw1Jcq24AQg
Mari Santana é flautista, cantora, saxofonista e compositora, tem sua música alicerçada na cultura negra nordestina. Artista da periferia de João Pessoa (PB), é bacharel em música e mestre em etnomusicologia pela UFPB. Como integrante do Tryá, ganhou junto ao trio o prêmio Funarte de Música Brasileira, que possibilitou o lançamento do disco “Trilhando Caminhos”. Na carreira musical, atuou em diversas formações, como peças teatrais, exposições, coros sinfônicos, grupos camerísticos e big bands. Entre os destaques estão a participação no projeto armorial Orquestra Nordestina Unha de Gato e na Banda Sinfônica José Siqueira, da UFPB. Como cantora, participou como contralto na Camerata José Siqueira, integrada à UFPB, no Coro Sonatis da UFPB e no Madrigal atuante nas Paixões de Cristo de João Pessoa.
Em 2021, Mari iniciou sua carreira solo, com o lançamento do EP “Doces Águas”, integra como flautista e backing vocal da banda que acompanha o poeta e cantor Filosofino, fazendo um trio com o beatmaker Daniel Jesi. O EP “Doces Águas” foi produzido com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio da Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo do Governo Federal, e também do Fundo Municipal de Cultura, através da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). A produção musical do EP, ficou por conta de Daniel Jesi e Guirraiz e o EP foi lançado por meio de uma parceria entre a FERVE (RN/PB), o estúdio BBS (João Pessoa) e o DoSol Combo Cultural (RN).
Composto de três faixas, o EP foi todo escrito por Mari Santana e Gabriel Moraes, com a colaboração de Bixarte na música “Abre Caminho”, e de Mestra Doci em “Doces Águas”. Para Mari esta é a realização de algo que eu estava querendo há muito tempo. Ela é uma artista que vem de comunidade, Conseguir fazer música e lançar com seu nome, para Mari, é começar a existir dentro de um lugar social que é negado a pessoas como ela. Concretizar esse EP foi um passo importante na sua carreira e também o começo de algo muito maior. Segundo a cantora, as composições expressam a caminhada dela ao longo de mais de 10 anos de carreira como integrante de grupos da cena de João Pessoa, Pernambuco e Rio Grande do Norte. sempre gostou muito do mundo musical, a música para ela é ciência, e o disco é o resultado de tudo isso, das suas pesquisas acadêmicas, do entendimento do seu corpo e das suas realidades, da sonoridade afro diáspora do Nordeste, que é muito forte. Seu estilo está entre as várias formações que atuou, resultando em composições.
Em relação à sonoridade, conforme Mari, as canções passeiam por vários estilos, que vão do maracatu ao samba de roda, passando pelo ijexá e o alujá, com um pouco de rap e jazz. A sua maior inspiração, na verdade, é a cultura popular. Ela pensa em um tema, desenvolve um pouco e depois faz uma improvisação. Diz ser brincante e essas músicas trazem isso, da dança, do festejo. Independente de rótulos, sua música tem a mesma raiz, que é a música negra, a música indígena.
Jonas do Nascimento dos Santos
Fontes:
https://dosol.com.br/mari-santana-estreia-carreira-solo-com-ep-doces-aguas/
https://jornaldaparaiba.com.br/cultura/mari-santana-ep-doces-aguas/