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Data de publicação do verbete: 15/04/2024

Maria Carla Pino Cury

Cantora Soprano.              
Data de publicação: abril 15, 2024

Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos

Naturalidade: João Pessoa – PB                                                

Nascimento: 1990                                                

Atividade artístico-cultural: Cantora Soprano                                                  

Formação Acadêmica: Graduação em Canto Lírico pela UFPB; Bacharelado e Mestrado na Musik-Akademie Basel, Suíça                                                                  

Premiações: Nomeação como Talento  pela Migros Culture Percentage Foundation (2017 e 2018); Prêmio do Baseler Förderpreis Stiftung BOG (2018); Finalista pelo Concurso de Ópera de Paris na França (2022)     

Trabalhos como Soprano:  Theater Basel; Deutsche Oper am Rhein;  Teatro Municipal de São Paulo; Theater Bonn; Saarländisches Staatstheater; Gast Soloist na empresa Grand Théâtre de Luxembourg; Opera Singer na empresa Festival d’Aix-en-Provence; Opera Singer na empresa Opéra de Toulon

Instagram: @mariacarlapino                                                        

Facebook: https://www.facebook.com/maria.carla.581/                                                       

YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCpsSCwZaXEgSrm8tTevX4-A

Com uma técnica vocal excepcional e uma opulência timbrística rara nesta faixa, a soprano coloratura brasileira-chilena Maria Carla Pino Cury vem conquistando uma reputação lisonjeira no cenário musical internacional. Maria Carla nasceu em uma família musical na Paraíba, sua mãe, a carioca Mônica Cury, chegou a João Pessoa no início dos anos 1980 e recebeu o convite para ser harpista da Orquestra Sinfônica da Paraíba. O pai, o chileno Pino, foi violoncelista também pela Orquestra Sinfônica da Paraíba. Nascida em João Pessoa, Maria Carla iniciou seus estudos na Universidade Federal da Paraíba, após uma master class com a famosa Margreet Honig em Santiago no Chile, foi convidada a estudar na Musik-Akademie Basel, na Suíça. Lá obteve o bacharelado em 2016 e o ​​mestrado em 2018, recebendo os maiores elogios do júri unânime. Em 2017 e 2018, foi nomeada Talento da Migros Culture Percentage Foundation. Também em 2018, recebeu o Primeiro Prêmio do Baseler Förderpreis Stiftung BOG. Em 2022 foi finalista do prestigiado Concurso de Ópera de Paris.

Durante os seus estudos na Suíça, Maria Carla trabalhou durante vários anos em estreita colaboração com o Theatre Basel. Lá ela fez sua estreia nos papéis de Princesa, Morcego e Pastorelle em L’Enfant et les Sortilèges, de Ravel. Neste palco ela interpretou Lucia em uma produção altamente aclamada de The Rape of Lucretia de Britten, Papagena em Die Zauberflöte de Mozart, The Sun e The Vole em The Cricket recupera de Richard Ayres. Ela também personificou Serpina em La Serva Padrona, de Pergolesi, em uma produção da Kammerakademie Basel. Ela se apresentou com o Kammerorchester Basel, principalmente nas virtuosas árias de concerto de Mozart. Ela se apresentou no Centro Europeu de Música Krzysztof Penderecki na Polônia, no Festival de Música Rheingau na Alemanha e na Itália sob a batuta de Gustav Kuhn. No Brasil, foi convidada pelas Orquestras Sinfônicas da Paraíba e de Campinas, apresentando-se, por exemplo, no Festival Internacional Virtuosi. No Chile, colaborou com a Orquestra Sinfônica de Concepción no âmbito da Convenção Lírica Chilena, onde recebeu um prêmio por suas realizações no exterior. Em concerto, Maria Carla interpreta obras tão diversas como as Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos, a Grande Missa em Dó menor de Mozart, o Messias de Handel ou as cantatas de Bach.

De 2018 a 2020, Maria Carla foi membro do Opera Studio da Deutsche Oper am Rhein, Düsseldorf-Duisburg. Seus papéis incluíram, entre outros, Oberto em Alcina de Handel, Tebaldo em Don Carlo e o Page em Rigoletto de Verdi, The Sandman em Hänsel und Gretel de Humperdinck, A Rainha da Noite e Papagena em Die Zauberflöte für Kinder, bem como A Princesa em A Rainha da Neve, de Marius Felix Lange (um papel posteriormente cantado na Ópera de Bonn). Ela também apareceu em Macbeth Underworld, de Pascal Dusapin, no Staatstheater Saarbrücken, canta a parte de soprano no oratório Elias, de Mendelssohn, no Konzertverein Langnau, na Suíça, e o papel de Galatea em Acis e Galatea de Handel com a Orquestra da Schola Cantorum Basiliensis sob a orientação de Francesco Corti.

Em 2022, fez a sua estreia francesa no Festival d’Aix-en-Provence como Lúcia na estreia mundial de Il Viaggio, Dante de Pascal Dusapin, dirigido por Claus Guth, uma colaboração com a Ópera de Paris e o Staatstheater Saarbrücken. Seu primeiro nome Maria Carla remete inevitavelmente a Maria Callas, a lendária soprano greco-americana. De fato, o nome de Callas inspirou o de Carla. Mas não na dimensão da diva, e sim na sonoridade, na presença marcante da letra “A”. Quis o destino, no entanto, que Maria Carla se transformasse numa cantora lírica. Maria Carla Pino Cury cresceu num ambiente musical e, logo cedo, foi colocada para estudar música. Violino, piano. Nada de canto lírico. Um dia, lá pelos oito anos, a menina surpreendeu a mãe ao cantar a célebre ária A Rainha da Noite, de A Flauta Mágica, de Mozart. Muito provavelmente, aprendeu não com uma cantora lírica, mas com o cantor popular Edson Cordeiro, que, junto com Cássia Eller, fez sucesso misturando Mozart com (I Can’t Get No) Satisfaction, o rock dos Rolling Stones.

Fontes:

https://jornaldaparaiba.com.br/cultura/silvio-osias/cantora-lirica-nascida-em-joao-pessoa-esta-conquistando-o-mundo-da-opera-na-europa/

https://www.opera-comique.com/en/maria-carla-pino-cury

https://engagement.migros.ch/fr/pour-cent-culturel/talents/maria-carla-pino-cury

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