Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: Campina Grande-PB
Nascimento: 19 de julho
Atividade artístico-cultural: Músico multi-instrumentista (cavaquinho, pandeiro e a sanfona de oito baixos)
Atividade Profissional: Luthier
Formação Acadêmica: Bacharelado em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba
Facebook: https://www.facebook.com/franciscodeassis.sousa2
Linkedin: https://br.linkedin.com/in/francisco-de-assis-sousa-094158123
Francisco de Assis Sousa é um músico multi-instrumentista de Campina Grande, que também trabalha como luthier, profissão que se baseia no ato de criar e restaurar instrumentos musicais. Durante a infância cresceu ouvindo “chorinho” e artistas como Waldir Azevedo, Augusto Calheiros, Orlando Silva, Nelson Gonçalves e Anísio Silva. Destaca também a importância da música regional em sua trajetória, tocada por nomes como Luiz Gonzaga e Dominguinhos. Foi através da interpretação de Waldir Azevedo para a canção de Zequinha de Abreu, “Tico-Tico no Fubá”, que Francisco de Assis Sousa pediu ao seu pai o seu primeiro cavaquinho.
Influenciado pela família e amigos próximos, como o músico campinense Mestre Duduta, Assis coleciona momentos inesquecíveis enquanto músico e luthier, tendo a música e a arte como companheiras de vida. O artista já se apresentou tanto ao lado do mestre, como do grupo Chorata no Museu de Arte Popular da Paraíba, em Campina Grande. Francisco e Mestre Duduta moravam em bairros próximos, ele o auxiliou em seus estudos de cavaquinho, Mestre Duduta o levava para realizar apresentações musicais. Se definindo como um aprendiz da música, o artista toca cavaquinho, pandeiro e a sanfona de oito baixos, Marleide Cartaxo, sua esposa, também é musicista.
A filha do artista, Fernanda Júlia, também é cantora e musicista, e relata que seus pais são sua principal inspiração. A família realiza apresentações por Campina Grande, sendo uma das mais recentes através do Chorata, grupo local formado por instrumentistas de choro, que previamente conseguiu convencer Assis a se apresentar tocando em seu cavaquinho, canções clássicas de chorinho. A carreira de luthier começou cedo, de forma espontânea e autodidata aos seus 14 anos. Como seu pai era dono de uma serralheria, um de seus clientes levou um violão para restauração, o qual despertou o interesse de Assis em realizar o que seria sua primeira encomenda.
Atualmente, a produção consta com a confecção personalizada de violão de quatro a doze cordas, viola, cavaquinho, bandolim e pandeiro, feitos com madeira maciça importada, além das violas dinâmicas bastante utilizadas por repentistas e das violas simples. Os instrumentos já foram endereçados para artistas a nível nacional e internacional, como Estados Unidos e países da Europa. O trabalho que, anteriormente, era paralelo à sua carreira policial, sendo executado apenas durante as férias e dias de folga, atualmente se mostra mais constante, tendo em vista a sua aposentadoria. O tempo e a dedicação que compõem a arte da luthieria são processos cuidadosamente respeitados por Assis, que realiza seu trabalho compreendendo a beleza e a essência de cada instrumento.
Fonte:
https://www.campinacultural.com/post/a-arte-da-luthieria-e-a-musicalidade-na-vida-de-francisco-assis