Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: Paulo Afonso-BA // João Pesssoa – PB
Atividade artístico-cultural: cantora, compositora e violinista
Atividade Profissional: jornalista
Álbuns Lançados: Tectônica (2020)
Instagram: https://www.instagram.com/cidaalves21_/
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Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/artist/0whCzf6gZMwmkhj5m63c9L
YouTube: https://www.youtube.com/@cydovsky
Cantora, compositora e violinista, Cida Alves nasceu na Bahia, mas veio para João Pessoa ainda muito jovem. Canta e toca violão desde os dez anos de idade, e também compõe suas próprias canções, abordando temáticas que fogem do lugar comum e destacam a natureza, a ousadia contemporânea feminina, a sexualidade, o corpo e a política. Em 2018, foi finalista no Festival de Música da Paraíba com a música Tectônica, que dá nome ao primeiro álbum da artista, lançado em maio de 2020. Artista engajada e atuante nas causas feministas e LGBTQIA +, Cida Alves exibe um repertório cuidadoso e eclético que a levou a se destacar no cenário musical pessoense.
Seu primeiro álbum, Tectônica, conta com nove faixas, gravado em João Pessoa e lançado digitalmente. O disco também ganhou uma versão física, que entrou em circulação após a pandemia de Covid-19. Conforme Cida Alves, “Tectônica” começou a ser produzido em 2014, com a aprovação do projeto no Fundo de Incentivo à Cultura (FIC) Augusto dos Anjos. O recurso foi liberado em 2017 e o projeto passou por alterações, sendo gravado entre 2018 e 2019 no estúdio Gota Sonora.
A maioria das músicas presentes no disco são composições de Cida Alves, mas também há músicas em parceria com Marcello Piancó e Thyego Lopes e a faixa que abre o disco, “Divina Queda”, de Adeildo Vieira. “O disco, basicamente, fala sobre sensações, especialmente numa ótica feminina: o autoconhecimento do corpo da mulher e a libertação da mente e do corpo como primordiais para uma vida de felicidade”, descreve a artista sobre o álbum.
O disco teve produção e direção musical de Thyego Lopes, Jader Finamore e Lucas Dan, que também fizeram arranjos e execuções. Chico Limeira, Vitor Ramalho e Beto Preah participaram como músicos convidados e a finalização foi de Renato Oliveira. A arte da capa foi feita por Silvio Sá e tem referências aos vários aspectos da vida da cantora.
A essência do seu trabalho é a exploração das músicas como instrumento cirúrgico sobre as emoções. Ela gosta de aproveitar todo o potencial cênico que as músicas podem oferecer, com paixão e força feminina. A emoção de cada música, de cada letra, é cuidadosamente trabalhada, pois ela tem essa característica particular, e que, no entanto, foi lapidada a seu modo, mas também, escutando grandes cantoras como Elis Regina, Billie Holiday e Janis Joplin.
Outra característica marcante é a roupagem renovada e única que dá às suas interpretações, explorando com a voz toda a subjetividade e poesia das músicas apresentadas. Com uma voz aguda e afinada, Cida Alves tem o dom de intérprete, característica que desenvolveu nos palcos e foi aperfeiçoada pelos dois anos de aula de canto lírico que fez em João Pessoa.
Suas composições vão desde boleros ao Rock’n Roll, do samba ao baião. “É o momento em que posso contar a ‘minha verdade’ para o mundo”, diz ela. “O processo criativo flui, não apenas na reinterpretação das músicas de outros artistas, mas também ao compor e apresentar minhas próprias canções, sendo original e criativa”, diz ela. De 2008 a 2010 Cida morou em Portugal e França, onde se apresentou em várias casas e bares. Ao retornar à Paraíba continuou atuando na música, fazendo participações em shows locais.
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