Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Nascimento: 22 de fevereiro de 1969
Atividade artístico-cultural: cantor, compositor e músico
Álbuns Lançados: Confraria da Toca (2020)
Premiações: 11º Prêmio da Música de Pernambuco (2022)
Site Oficial: https://www.fernandojapiassu.com/
Facebook: https://www.facebook.com/fernandojapiassu.oficial/
Instagram: @fernandojapiassu.oficial
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UC8M2bRCb65ugNS3LOJJaeJw
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Fernando Japiassú nasceu no dia 22 de fevereiro de 1969, em João Pessoa, radicou-se na cidade de Recife (PE) ao se mudar para lá aos 12 anos de idade. Desde a infância seus pais possuíam o costume de fazer reuniões quase todos os finais de semana e convidavam muitas vezes grandes músicos para animarem os encontros. Crescendo em um ambiente repletos de saraus, em sua casa onde se apreciava escutar nomes da música como Canhoto da Paraíba e Elba Ramalho. Seu interesse pelo mundo musical teve início nos anos 1980, buscando aperfeiçoar seu domínio no uso de instrumentos como a guitarra, mas chegando a confessar que na época era extremamente difícil encontrar professores apropriados.
O sugeriram a prática do violão clássico e só buscar aprender guitarra depois, ele passou a frequentar o Conservatório Pernambucano de Música e a receber instruções de Guilherme Calzavara. A partir daí sempre passou a se revezar entre o violão e as bandas de rock, onde tocava guitarra. Depois passou a fazer bacharelado em violão clássico com Mauro Maibrada, na Universidade Federal de Pernambuco. Paralelamente a isso, também cursou Ciências da Computação, Psicologia e Direito. Entre suas maiores influências musicais, podemos atribuir a Chiquinha Gonzaga, Joaquim Calado, Chico Buarque, Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Marinês, Genival Lacerda entre outros.
Durante sua adolescência veio sua grande paixão pelo mundo do rock e também nos estudos acadêmicos a imensa admiração pela música erudita. No ano de 1986, já residindo no Recife, formou uma banda chamada “A Banda”. Naquele tempo, para poder tocar com os amigos era segundo próprio, como sendo “jogar uma partida”. Onde a diversão passava a ser o centro de tudo. Ainda não pensavam como teriam uma carreira a ser seguida, mas definitivamente tudo começou a partir daquele exato momento. Naquele tempo existia um espaço musical chamado Arteviva, onde lá sua banda fez os seus primeiros shows. Na época com “A Banda” gravou uma fita demo patrocinada pela Sony Music, com a produção de Paulo Rafael. Nos anos 1990, com o “Siricongados”, lançou um CD independente. E finalmente, em 2020, lançou seu primeiro trabalho solo chamado “Confraria da Toca”, só com composições suas e um grande número de convidados da cena musical pernambucana.
Ele define seu próprio estilo musical como sendo algo entre o pop rock e a mpb com a presença de sotaque e sonoridade nordestina, Até o seu último trabalho, sempre chamou cantores convidados para as suas gravações. Mas a partir da pandemia passou a se interessar pelo estudo do canto, um estudo que para ele tem notado ser primordial, pois definitivamente não tinha ideia de como cantar. Acredita que existam diversos caminhos a serem percorridos no universo musical, mas o estudo aprofundado e bem direcionado sempre abrirão portas e mostrarão suas verdadeiras capacidades que às vezes não é possível de se obter sozinho.
Quando compõe suas canções, que eventualmente vão surgindo enquanto pratica despretensiosamente com o seu violão. Certas vezes a música “chega” completa de algum lugar mágico, em sonhos ou fazendo ações variadas em sua rotina, mas que normalmente na maior parte das vezes como sendo um processo de busca. E durante esses casos, ouvi muitas vezes e vai deixando a música o “soar” naturalmente com as palavras, deixando o racional trabalhar só depois, nas finalizações de suas canções.
Em sua visão e experiência pessoal os prós e contras de se decidir em seguir em uma carreira musical de forma independente, é que é artisticamente fantástico, encontra-se em uma total liberdade para criar o que quiser e do jeito que quiser, porém, é preciso assumir todos os papéis que antigamente eram feitos pela gravadora, desde a produção executiva até a assessoria de imprensa. No começo das suas atividades, todo o equipamento apresentava condições precárias, onde choque nos microfones e caixas amplificadoras eram frequentemente comuns. Hoje é dono de seu próprio estúdio chamado Toca do Japi.
Fontes: