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Data de publicação do verbete: 13/08/2024

Juliana Alves Xukuru

Artista visual.     
Data de publicação: agosto 13, 2024

Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos

Naturalidade: Pesqueira-PE // radicada em João Pessoa – PB

Atividade artístico-cultural: artista visual                                                  

Formação Acadêmica: Licenciatura em Artes Visuais na UFPB; Mestrado em Artes Visuais na UFPB/UFPE

Site Oficial: https://julianaalvesxukuru.blogspot.com/                                      

Facebook: https://www.facebook.com/juliana.alves.718689/                          

Instagram: https://www.instagram.com/artistajulianaxukuru/                      

YouTube: Artista Juliana Alves Xukuru 

Juliana Alves Xukuru é uma artista visual  indígena, pertencente ao território indígena Xukuru Ororubá  da etnia Xukuru de Cimbres, ambos localizados no município de Pesqueira em Pernambuco.  Radicada na Paraíba, iniciou sua carreira acadêmica por volta do ano de 2007 em Comunicação Social ao ser selecionada pelo Programa Universidade Para Todos (PROUNI). Naquela época, não existia um sistema de seleção para indígenas na Universidade Federal de Pernambuco, seu acesso ao curso de Comunicação Social representava uma alternativa enquanto esperava cursar aquilo que mais desejava: Artes Visuais, em uma universidade pública. Nos anos seguintes, tentou por duas vezes o ingresso na Universidade Federal de Pernambuco, diante das idas e vindas entre Pernambuco e Paraíba entre tentativas e quase desistências de terminar o curso de Comunicação Social.

A graduação em Artes Visuais teve um significado especial para Juliana, já que representava a concretização de um sonho alimentado desde a infância, sobretudo por influência de seu pai. Em 2010, enquanto ainda cursava comunicação, conseguiu  iniciar essa nova trajetória no curso de Licenciatura em Artes Visuais na Universidade Federal da Paraíba. Nesse período, tanto a ajuda de uma família adotiva quanto às encomendas que eu recebia para a pintura de retratos foram seus principais meios de manutenção. Desde o início vivenciou muitos embates.  Começava a sentir algumas das contradições desse espaço de conhecimento em que  tanto queria estar. Dentre os sentimentos havia a sensação de que quase tudo o que produzia, os seus trabalhos em arte que  fazia desde muito tempo, estavam sempre sendo comparados ao que se era apresentado nos livros de Crítica e de História da Arte. A acompanhavam também, dúvidas sobre como corresponder, como artista que passava por uma formação acadêmica, às expectativas dos espaços de inserção e legitimação como galerias de arte e museus; principalmente os de arte contemporânea. Embora nada chegasse a  desmotivá-la,  pensava sobre como  deveria “encaixar” e  perguntava-se como poderia  revelar-se naquele espaço. 

As diferentes experiências vividas foram partes essenciais para seu outro ponto de chegada: o Mestrado em Artes Visuais na Universidade Federal da Paraíba, em um Programa de Pós-Graduação Associado à Universidade Federal de Pernambuco. Foi nesse contexto que começou a considerar a cosmovisão e cosmogonia indígena do seu povo Xukuru como principais referenciais para seus processos de pesquisa e poética, seja na prática da criação teórica ou na materialização das formas pelos diferentes meios que utilizava em seus trabalhos. Foi a partir dessa forma de compreender o mundo e da inseparável relação entre sociedade e natureza que nasceram as “Cartas Celestes”, uma série de trabalhos em grafismos, desenho e pintura por meio dos quais materializou a cosmovisão Xukuru. Foi em meio a esse processo de pesquisa do mestrado que Juliana compreendeu que elas poderiam ser aplicadas para pensar as intrínsecas relações entre sociedade, museu e Artes Visuais.

Em 2021, Juliana foi uma das artistas visuais a serem selecionadas para a exposição da SP Arte, uma das mais importantes feiras de arte do mundo e a principal da América Latina. Um de seus trabalhos foi selecionado para exposição, que ocorreu de forma virtual entre os dias 9 a 13 de junho daquele ano. Para a exposição, a curadoria foi feita por Bárbara Milano, Ariana Nuala, Moara Brasil e Nutyelle Cena que, assim como Juliana Alves Xukuru, são integrantes do Levante Nacional Trovoa, que está na SP Arte como Galeria Nacional Trovoa, movimento de jovens artistas fundado em 2017, no Rio de Janeiro, que tem se expandido e está presente em todo o Brasil, sendo formado por artistas, curadoras e arte-educadoras racializadas.

Fontes:

https://www.sp-arte.com/editorial/experiencia-de-uma-artista-xukuru/

https://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa643278/juliana-xukuru

https://paraibafeminina.com.br/2021/06/09/artista-visual-indigena-juliana-alves-xukuru-e-selecionada-para-exposicao-internacional/

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