Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: Pombal – PB
Atividade artístico-cultural: poetisa, desenhista e pintora
Publicações: Psicose , Árvore Cortada, Espectros, Estepe, Fantasmas Dispersos, Fiapos de minha vida, Encruzilhada de Emoções, Feixe Desfeito, Soprar dos Ventos, Sombras, Palco do Meu Eu, Disfarces do Destino, Flor sem Haste, Eu em Mim, Sonhos do Destino, Visões, Recortes da Alma, Ventan
Premiações: Clube Literário de Brasília
Títulos e Homenagens: Membra da Academia Paraibana de Poesia, da União Brasileira de Escritores e da Associação Paraibana de Imprensa
Nascida no município de Pombal, no sertão da Paraíba, Yolanda Queiroga de Assis foi uma das mais prolíficas poetisas em atuação no cenário literário do estado. Muito embora seja uma autora com um número bastante significativo de obras, não houve estudos na mesma proporção de suas obras, de modo que pudéssemos conferir uma construção de fortuna crítica sobre sua produção. No âmbito da literatura paraibana, têm apontado para, diante desta realidade, a necessidade de se estudar a poesia dessas mulheres que, assim como Yolanda, não possuem visibilidade no âmbito acadêmico, lugar, hoje, privilegiado para a composição da crítica literária.
Foi membra associada da Academia Paraibana de Poesia, entre suas publicações poéticas, em grande maioria, saíram pela Editora Ideia, de João Pessoa. Com uma soma de 18 publicações. Na carreira como poetisa, recebeu inúmeros prêmios literários e condecorações que dignificam seu estado de produtora de conteúdo literário. Dentre os organismos que promovem tais honrarias, estão o Clube Literário de Brasília e a própria Academia Paraibana de Poesia, da qual faz parte. No campo da arte, além do trabalho com a literatura, a poetisa é desenhista e pintora. A propósito disso, algumas capas de seus livros recebem ilustração composta pelas suas próprias mãos.
A autora fez parte também da União Brasileira de Escritores e da Associação Paraibana de Imprensa, o que lhe confere certo reconhecimento no meio literário. A poesia de Yolanda Queiroga de Assis está delineada por uma áurea de senescência e senilidade. Tanto em “Psicose”, quanto em “Árvore cortada” e “Recortes da alma”, a autora apresenta uma escrita repleta de dor, saudosismo, tristeza, solidão, abandono, desgaste e lamentação. Sentimentos marcados, sobretudo, pela metáfora da “árvore cortada”, como vida que ceifa a existência humana à medida que o tempo passa. As marcas do tempo parecem uma dor irremediável, uma perda irreparável da jovialidade altiva, que revelam a amargura da morte que se aproxima.
É próprio o discurso poético de Yolanda Queiroga de Assis a morbidez e o obscurantismo sobre os fatos humanos. Yolanda Queiroga de Assis, “aproximando-se do público leitor, perturbando e questionando a realidade vivenciada”, reafirma o poder literário de externar temas e traumas universais, individuais e sociais, evidenciando, através da sua poética, uma demanda a ser pesquisada, tendo em vista que a poesia paraibana escrita por mulheres permanece no anonimato.
Fontes:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/YOLANDA%20QUEIROGA%20DE%20ASSIS.html