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Data de publicação do verbete: 22/04/2025

Marcelo Baião

Compositor, produtor musical e cultural.
Data de publicação: abril 22, 2025

Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos

Naturalidade: Campina Grande-PB                                            

Nascimento: 5 de março de 1979                                                

Atividade artístico-cultural: compositor, produtor musical e cultural                                            

Instagram: @baiaorec

YouTube: Marcelo Baião

Marcelo de Sousa é artisticamente conhecido como Marcelo Baião. Não é de família artística, mas sempre foi um ferrenho fã do rei do Baião, Luiz Gonzaga. Ainda criança, teve a experiência de encontrar Luiz Gonzaga na Associação da Embrapa, vizinha à sua residência no bairro do Centenário, onde Marcelo assistiu à passagem de som do Show do Rei do Baião. Em sua infância, ouvia todos os dias na Rádio Borborema a música “A Vida do Viajante”, que na letra diz: “chuva e sol, poeira e carvão”, o que se confundia com a missão frequente do garoto Marcelo, que, a pedido da mãe, sempre ia a uma difusora vizinha à sua residência comprar carvão para ela cozinhar um mocotó e fazer um pirão que seu pai tanto amava.

Isso marcou sua vida e foi determinante para Marcelo enveredar definitivamente no mundo do baião de Gonzaga. E assim, com 13 anos de idade, o menino fez sua primeira composição: “Lampião Cabra da Peste”, já em alusão a Luiz Gonzaga, utilizou a indumentária dos Cangaceiros, cujo rei foi Lampião. Depois disso, Marcelo começou a participar dos festivais de música, tendo sua primeira participação no Festival de Música Popular Brasileira, que aconteceu no ano 2000, produzido pelo Teatro FACMA. Daí em diante, se autodefiniu como artista, se inspirando em Marinês e sua Gente, que inclusive fora jurada no Festival.

O garoto foi tão ousado no festival, que criou toda uma coreografia teatral para a música. Vendo aquilo, Marinês se apaixonou por Marcelo e, como boa discípula do Rei do Baião, instantaneamente o adotou artisticamente. Daí surgiu o grupo regional Baião de Cordas, com base em instrumentos de cordas, fazendo uma referência ao grupo pernambucano Quinteto Violado. Imerso neste trabalho, aprendeu a tocar rabeca. Segundo Marcelo, o apoio de Marinês foi fundamental, inclusive Marinês o apresentou a Elba Ramalho. Em 2010, teve uma grande decepção ao ver sua arte excluída dos eventos públicos. Muito triste, presenciou paulatinamente sua arte ser escanteada aos palcos secundários, periféricos da cidade, mesmo em meio ao reconhecimento de grandes empresas como Mastercard, que sempre o contratava para participar da publicidade da empresa.

Desse modo, Marcelo sempre foi muito cultural e trabalhou com o resgate da rabeca e do aboio. Conta com tristeza que certa vez chegou a ser coagido, por resistir e não querer mudar seu repertório diante da imposição do contratante. Esse fato foi tão grave que chegou até a envolver uma denúncia policial. Depois disso, em dezembro de 2013, Marcelo gravou um DVD com o apoio da UEPB e do SESC, fazendo uma releitura da música moderna com base na tradicional. Marcelo relembra toda essa história com muita tristeza e está disposto a defender sua raiz cultural até o último dia de sua vida. É compositor, produtor musical, cultural e fonográfico. Possui um home studio, de onde tira seu sustento, fazendo jingles comerciais e gravando suas músicas e prestando assessoria a outros artistas. Tem fomentado sua arte investindo o que pode nas redes sociais.

Também é membro concursado da Orquestra Municipal de Campina Grande: Filarmônica Epitácio Pessoa. Marcelo está muito feliz com a chegada dos editais da Lei Paulo Gustavo e em breve da Lei Aldir Blanc 2 e tem muita esperança de poder ver sua trajetória de vida e arte, enaltecendo o baião, em entrevista concedida ao site “Ritmo Melodia” do jornalista paraibano Antonio Carlos da Fonseca Barbosa, Marcelo Baião declarou que seu processo de compor é instantâneo, com letra e melodia ao mesmo tempo, não lhe agrada parcerias, por conta desse processo.

Fontes:

https://ritmomelodia.mus.br/entrevistas/marcelo-baiao/

https://mapacultural.pb.gov.br/agente/3626/#info

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