Por Sérgio Botelho
Quem observa a dinâmica do Parque Solon de Lucena, hoje em dia, não tem a menor ideia do que era aquele espaço, nesse particular, até décadas atrás. Falo em como eram ocupados os anéis interno e externo, a calçada da Lagoa e as áreas arborizadas por toda a extensão do logradouro, pela população pessoense.
Até a década de 1960, o Parque Solon de Lucena era muito mais do que um cartão-postal. Era espaço de moradia e de convivência e de pertinências bem diferentes das de hoje em dia. Todo aquele casario do anel externo era habitado, a partir de onde se construíam afetividades que iam da convivência de vizinhos às mais amplas disponibilidades para crianças e adolescentes, a aproveitaram toda a área, sem lenço, sem documento e sem medo da felicidade.
Das áreas ajardinadas, duas delas tinham destaque como espaço de convivência, principalmente para peladas futebolísticas: ao Norte, o trecho entre a Avenida Getúlio Vargas e a atual Desembargador Souto Maior (antiga São José), mas especificamente nas proximidades da Almirante Barroso, vale dizer, onde fica o bambuzal, que já foi bem mais intenso e extenso. E ao Sul, entre a atual rua Maria de Fátima Ugulino de Araújo e a avenida Camilo de Holanda. De manhã até o cair da tarde, o futebol corria solto reunindo a vizinhança e as adjacências.