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Data de publicação do verbete: 15/05/2025

Polion Carneiro de Oliveira

Polion Carneiro de Oliveira

Poeta.

Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos

Naturalidade: Patos – PB                                                  

Nascimento: 26 de fevereiro de 1944 // Falecimento: 16 de agosto de 2007

Atividade artístico-cultural: Poeta                                                    

Atividades Profissionais: Advogado, Líder Sindical e Político                        

Publicações: Versos de Ninguém (1979)     

Polion Carneiro de Oliveira foi um notável poeta, advogado, líder sindical e político natural de Patos, Paraíba. Sua vida foi marcada por uma intensa atuação política e cultural, especialmente durante o período da ditadura militar no Brasil. Nascido  em 26 de fevereiro de 1944, desde jovem, demonstrou interesse pelas questões sociais e políticas, o que o levou a se envolver com movimentos estudantis e sindicais. Formou-se em Direito e passou a atuar como advogado, defendendo causas populares e trabalhistas.  Sua atuação política o levou a ser eleito vereador em Patos, onde se destacou como tribuno popular.

Durante o regime militar, Polion foi preso em 11 de setembro de 1969, sendo recambiado para o Presídio do Roger, em João Pessoa, sendo processado, torturado e julgado pela 7ª Auditoria de Recife em 13 de maio de 1970, onde acabou sendo absolvido. Em 31 de março de 1974, foi novamente preso no Estado do Maranhão, juntamente com sua esposa, que passou um mês no DOI-CODI. Polion foi solto em 22 de agosto de 1974, após meses de detenção e sofrimento. Apesar das adversidades, continuou sua luta política e social, sempre em defesa dos direitos humanos e da democracia.

Paralelamente à sua atuação política, Polion desenvolveu uma intensa atividade literária, especialmente na poesia. Em 1979, publicou o livro “Versos de Ninguém”, uma coletânea de poemas que refletem sua sensibilidade poética e engajamento político. A obra é considerada uma expressão autêntica de sua alma poética e de sua vivência como líder político comprometido com as causas sociais. O livro foi elogiado por críticos literários e leitores, sendo considerado uma obra única e imortal. Sua poesia é marcada por uma linguagem direta e emotiva, abordando temas como injustiça, sofrimento e esperança.

Polion faleceu em 16 de agosto de 2007, em João Pessoa, Paraíba, aos 63 anos de idade, sendo reconhecido como  uma figura marcante na política e na literatura paraibana, a sua vida e obra foram documentadas em diversas fontes escritas. A Fundação Ernani Sátyro destaca sua trajetória como poeta, advogado e líder político, além de abordar sua obra literária. Em 2014, Polion foi homenageado em um evento que celebrou os 15 anos do jornal “A Verdade”, reconhecendo sua contribuição à literatura e à política. Durante a solenidade, sua sobrinha, a professora Klítia Cimene, destacou a interação entre o poeta, o livro e os leitores.

Ela afirmou que “Versos de Ninguém” revela a dimensão da alma poética do líder político compenetrado na sensibilidade humana. Sua família sempre esteve envolvida com a cultura e a educação, influenciando sua formação e valores, Após sua morte, a cidade de Patos prestou homenagens, denominando uma rua com seu nome: Rua Poeta Polion Carneiro. Essa homenagem reflete o reconhecimento da comunidade por sua dedicação e legado, Polion é lembrado como um exemplo de resistência, coragem e compromisso com a justiça social, sua  vida e obra continuam a inspirar novas gerações de poetas, ativistas e cidadãos conscientes.

A história de Polion Carneiro de Oliveira é um testemunho da luta pela liberdade e pelos direitos humanos no Brasil, sua poesia permanece viva, ecoando as vozes daqueles que lutam por um mundo mais justo e igualitário, assim,  Polion se eterniza na memória coletiva como um símbolo de resistência e esperança.

Fontes:

http://www.funes.pb.gov.br/noticias-polion-e-os-versos-de-ninguem/

http://camarapatos.pb.gov.br/leis/index.php?page=77

http://www.editora.ufpb.br/sistema/press5/index.php/UFPB/catalog/download/201/68/741?inline=1

http://revistadasemana.com/2024/09/01/obituario-e-registros-208/

 

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