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Data de publicação do verbete: 29/10/2022

Peryllo de Oliveira

Peryllo Doliveira foi um poeta, ator e jornalista.
Data de publicação: outubro 29, 2022

Naturalidade: Cacimba de Dentro-PB

Nascimento: 4 de dezembro de 1898 // Falecimento: 26 de agosto de 1930 

Atividades artístico-culturais:  Poeta e ator

Atividade exercício-profissional:  Jornalista                                                 

Gênero Literário: Simbolismo e Modernismo                                            

Magnum Opus: “Canções que a vida me ensinou”

Nascido no povoado de Cacimba de Dentro, então parte do município de Araruna, filho de Almeno Peryllo de Oliveira e Josefa Maria de Oliveira. Perde o pai aos três anos de idade, fazendo com que precisasse trabalhar desde criança. Por isso, nunca frequentou a escola.  Em 1913, ele saiu de casa para se juntar a um grupo de teatro que passava pela sua cidade. É apadrinhado pelas atrizes Irene Conceptini e Candida Palace, que o treinam no ofício de ator.

Nos cinco anos seguintes, Peryllo trabalhou em diversas companhias de teatro, viajando o país inteiro. Trabalhou nas companhias de Jayme Rovira, Christiano de Souza e Brandão Sobrinho, tendo contracenado com Amalia Capitani, Leopoldo Fróes, Abigail Maia, Olympio Nogueira, dentre outros. No final de 1917 se instala no Rio de Janeiro, trabalhando em teatros como o Trianon e o República. Nesse momento, depois de tantos anos longe da mãe, decide voltar para casa atravessando o interior do Brasil a cavalo. Chega finalmente à capital da Paraíba em maio de 1920, anônimo e pobre.

De volta à Paraíba, Peryllo se aproxima do meio literário, trabalhando como jornalista. Em 1921, a revista Era Nova publica seu primeiro poema, o soneto Via-Láctea. Nos anos seguintes, torna-se colaborador da revista, publicando uma coluna social com o pseudônimo de Pedro Danízio. Entre 1921 e 1925, Peryllo publicaria vinte e um poemas nas páginas da Era Nova, além  de uma novela em duas partes intitulada Deshonesta.

Em 1925 publica seu primeiro livro de poemas, Canções que a Vida me Ensinou, que foi publicado pela Imprensa Oficial do governo do estado, tendo recebido críticas favoráveis. Apesar disso, encontrava resistência nos meios literários locais, devido ao preconceito dos intelectuais de classe alta por um escritor de origem pobre. Além de sua atividade como cronista, Peryllo tirava seu sustento como funcionário da Secretaria Geral do Governo durante a gestão de João Suassuna.

Em 1927 conseguiu uma licença de seu trabalho na Secretaria Geral e fez algumas excursões promovendo festas literárias nas quais, além de recitar poesias  próprias e de autores clássicos e contemporâneos, ele também produzia os cenários. Neste período, esteve no Rio Grande do Norte, no Rio de Janeiro, em Pernambuco e finalmente em 1928 no Pará e no Amazonas. O sucesso das viagens, que o colocaram em contato com círculos literários do país inteiro, facilitaram a publicação de seu segundo livro, Caminho Cheio de Sol, de 1928.

No final de 1928, começa a sentir os primeiros sintomas da tuberculose que o mataria. Em 1929, na euforia da campanha da Aliança Liberal, começa os rascunhos do poema A Voz da Terra. Porém, em junho de 1930, sua doença piora e ele se vê obrigado a ficar de cama em sua residência no bairro de Jaguaribe em João Pessoa. Morreria pouco tempo depois, em 26 de agosto de 1930, sem ter completado seu último livro. Foi enterrado no Cemitério Senhor da Boa Sentença por poucos amigos e vizinhos.                                                                                                                                                    Jonas do Nascimento  

Fonte:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Peryllo_Doliveira