O maior conteúdo digital de cultura regional do Brasil
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 13/05/2024

Orley Mesquita

Poeta.
Data de publicação: maio 13, 2024

Pesquisa e texto: Sandra da Costa Vasconcelos

Naturalidade: Alagoa Grande – PB

Nascimento: fevereiro de 1933

Falecimento: 2006

Atividade artístico-cultural: poeta

Atividade Profissional: historiador

Orley Carneiro de Mesquita nasceu em Alagoa Grande, no estado da Paraíba, em fevereiro de 1933. Na juventude ele fez parte da Geração 59, no seu estado de origem, e anos depois integrou a Geração 65, em Pernambuco. 

Teve seus primeiros trabalhos publicados em grandes jornais da Paraíba e Pernambuco, como poeta, em meados de 1960, em uma parceria com o poeta Esman Dias, assinou a coluna “Poesia e Tempo” no Jornal do Commercio. Participou da revista Clave, ao lado de Esman e Everardo Norões e em 1969 foi agraciado pela Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa, com bolsa de estudo e frequentou o curso de História da Arte e matérias afins.

Suas poesias são passeios por grandes temas da tradição lírica – o amor, a morte, a solidão e a efemeridade da vida – tratados com sobriedade e plasmados por uma sensibilidade rigorosa. O clichê é a armadilha de todo poeta que se assume essencialmente como um lírico. De todo poeta que busca implodir o lugar-comum da reflexão existencialista e do sentimento.

Na parte composta pelos livros inéditos, na qual encontramos Os passos da morte (relatos), existem poemas em prosa que não alcançam, na maioria, a mesma qualidade poética dos versos. Os brinquedos, é um dos “relatos”, como os chama o poeta, totalmente dispensável. Orley aspira a produzir poemas de força telúrica em que uma imagem transcendental de poesia, enraizada no cotidiano, articulou-se como a experiência não de um, mas de todos. Um espelho em que, nos seus melhores momentos, nós nos vemos também nele refletidos: “Esta visão de ti / que o dia aceita, / à noite, em meu olhar; / mal se sustenta. // Fica um resto de dor/ por sobre a mesa / onde a sombra do mito / se alimenta. // O vinho que se junta / ao lume da fadiga / nem sequer embriaga. / Mas deixa nesta mesa / um tom em névoa / que, disperso, se apaga”. A condição não ideal do amor, que muitas vezes se distancia de nossa experiência do amor, mas o que nele se dissipa, quando o amor nos abandona. Os amores de  que nos fala sua lírica são amores passageiros, e que acabam permanecendo pelas mãos da poesia que os retrata.

Fontes:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/pernambuco/ORLEY%20MESQUITA.html

https://editora.cepe.com.br/autor/orley-mesquita

https://revistacontinente.com.br/edicoes/146/orley-mesquita–longos-percursos-em-torno-do-sol-da-poesia

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *