Naturalidade: Santa Helena-PB
Atividade artístico-cultural: escritor e poeta
Atividade exercício profissional: Professor
Nascimento: 1988 // Falecimento: 7 de janeiro de 2024
Formação Acadêmica: Graduação em Pedagogia pelo Instituto Superior de Educação de Cajazeiras (2007-2010), Graduação em Letras – Língua Portuguesa pela UFCG (2009-2013), Especialização em Planejamento e Gestão Educacional pelo Instituto Superior de Educação de Cajazeiras (2010 – 2011), Especialização em Ciências da Educação pela FASP – Faculdade São Francisco da Paraíba (2011 – 2013), Mestrado em Ciências da Educação pela Universidad Tecnológica Intercontinental (2011 – 2014), Mestrado em Letras pela UFRN (2018-2019)
Publicações: Pétalas Raras (2013), Estado de Graça (2014), Cidadezinha Qualquer (2018)
Premiações e Homenagens: recebeu homenagem marcante ao ser laureado na Floride I Festa Literária da Rede Estadual de Ensino (2019)
Formado em Letras e Pedagogia pela Universidade Federal de Campina Grande UFCG), no campus de Cajazeiras, e com pós-graduação em Educação, Abraão Vitoriano foi professor universitário e professor do ensino fundamental em Cajazeiras. Natural do município de Santa Helena, no sertão paraibano, paralelo à carreira educacional, o jovem também tinha vocação para a literatura e fazia das palavras um canal poético para fluir pensamentos e sentimentos acerca dos mundos interno e externo. Ele deixou três livros publicados: “Pétalas Raras” (Fortaleza: Motográfica, 2013), “Estado de Graça” (Guaratinguetá, SP: Penalux, 2014) e “Cidadezinha Qualquer” (Rio de Janeiro: Gramma, 2018). Este último retrata as vivências e observações do autor na sua cidade natal, Santa Helena.
O poeta era figura constante na TV e no portal Diário do Sertão, onde foi colunista por vários anos. Também prestou diversas entrevistas sobre seus projetos educacionais e literários. A primeira entrevista de Abraão na TV Diário do Sertão foi em 2014, no programa Interview, que na época era apresentado pela sua prima, a jornalista Ada Vitoriano. Já nessa primeira entrevista, ainda tímido, Abraão não deixou de enaltecer o amor que ele sentia por sua terra natal. “Uma cidade interiorana que me fez poeta. Santa Helena, com todo seu cenário da linha do trem, da igreja, das seis horas da tarde com as mulheres sentadas nas calçadas, todo esse cenário extremamente poético influiu de uma forma muito positiva para minha formação e também para minha inspiração enquanto escritor e poeta”, disse. Em 2019, Abraão Vitoriano foi um dos autores homenageados da I Festa Literária da Rede Estadual de Ensino (Flirede), cujo tema foi “Leitura literária e identidade cultural”. Em abril daquele mesmo ano, bateu um papo com a cineasta e escritora Veruza Guedes no extinto programa Conexão Sertão sobre o livro “Cidadezinha Qualquer”. Também em novembro de 2019 Abraão esteve no programa Diversidade em Foco, juntamente com as professoras Josélia Maciel, Fernanda Chagas, Luciana Pereira e dois alunos da Escola Cidadã Integral Técnica Cristiano Cartaxo onde o tema foi a Flirede e o lançamento de “Cidadezinha Qualquer”. Infelizmente, por volta das 15:30 de domingo de 7 de janeiro de 2024, Abrãao foi encontrado sem vida em sua própria casa em Santa Helena, segundo informações divulgadas por um de seus familiares, Abraão estava passando por um momento de “sofrimento psicológico” e supostamente tirou a própria vida aos 35 anos de idade. A comunidade acadêmica e literária lamenta a perda de um ícone que se destacou pela produção de obras significativas e por seu engajamento em projetos educacionais e culturais locais. O legado de Vitoriano é indiscutivelmente marcante para a educação e literatura da região.
A morte prematura de Abraão Vitoriano convida à reflexão sobre os desafios enfrentados por talentos enraizados nas dinâmicas culturais brasileiras. Seu trabalho, agora mais do que nunca, deve ser reconhecido e preservado como um instrumento de resistência artística e expressão autêntica da identidade regional. Familiares, amigos e admiradores deram o último adeus ao professor e poeta Abraão Vitoriano no velório e sepultamento que aconteceram em Santa Helena, no dia 8 de janeiro de 2024, O professor e amigo Edilson Tomaz leu um texto de sua autoria em parceria com Linda Dantas, chamado “Crônica de Despedida”, e destacou que Abraão “é um presente que estará sempre em nós”. Edilson pediu que o poeta não seja lembrado com tristeza, mas com saudade e com orgulho do legado que deixou. “Abraão é um pássaro em voo, é um semeador de amor e versos. Passou por aqui, fez ninho e depois voou para o céu”, diz a crônica.
Jonas do Nascimento dos Santos
Fontes:
https://www.vlibras.com.br/luto-na-literatura-santa-helena-despede-se-de-poeta-abraao-vitoriano/
