Fundação: 14 de setembro de 1941
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Seguindo a mesma linha de muitas Academias europeias que surgiram nos séculos XVII e XVIII voltadas à literatura e ao culto da língua, no Brasil, este processo refletiu-se na fundação de Academias por todo território brasileiro. Na Paraíba, em fins do século XIX, o movimento intelectual teve uma renovação de grande importância. Os jornais que circulavam, na época, no Estado, tornaram-se centros culturais na qual as tendências literárias daqueles com vocação para as letras eram manifestadas.
O professor Coriolano de Medeiros, com um grupo composto por Mathias Freire, Horácio de Almeida, Luiz Pinto, Rocha Barreto, Álvaro de Carvalho, Durwal Albuquerque, Veiga Júnior, Celso Mariz e Hortêncio Ribeiro, concretizou em 14 de setembro de 1941 o seu ideal de criar a “Casa do Pensamento da Paraíba”. Assim, o único estado que ainda não contava com uma entidade como esta, teve sua reunião inaugural realizada no gabinete do diretor da Biblioteca Pública do Estado, na qual Coriolano de Medeiros assumiu a direção dos trabalhos e declarou a fundação da Academia Paraibana de Letras, com o objetivo centrado em “perpetuar as tradições literárias da Paraíba”.
A Academia Paraibana de Letras foi presidida por Coriolano até 14 de setembro de 1946, quando renunciou. A partir deste dia foi eleito o Dr. Oscar de Oliveira Castro que assumiu com um discurso mencionado que “Coriolano de Medeiros continua sendo o Presidente de Honra desta Casa, que lhe deve tão assinalados trabalhos.”
O emblema da instituição foi idealizado pelo Côn. Mathias Freire e desenhado pelo Prof. Eduardo Stuckert; a insígnia traz, o nome e da data de criação da Academia Paraibana de Letras, o desenho de um sol, que simboliza a inteligência e o talento dos que integram o sodalício e a expressão latina, sugerida pelo Côn. Mathias Freire, “DECUS ET OPUS”, que tem por significado “Estética e Trabalho”.
A academia tinha como sede, inicialmente, a Biblioteca Pública, sendo direcionada posteriormente para a residência do vice-presidente da Instituição, na época, Côn. Mathias Freire. O terceiro ponto de reunião foi a residência do acadêmico Álvaro de Carvalho. No entanto em 1947 a Academia foi instalada no prédio de número 179 localizado na Rua Visconde de Pelotas. Posteriormente foi realocada para o casarão de número 25 situado à Rua Duque de Caxias e em seguida contou com o acréscimo do prédio de número 37, ambos formando um único imóvel.
Uma das ações da Academia Paraibana de Letras foi a criação do Memorial Augusto dos Anjos, realizada pelo ex-presidente Luiz Augusto Crispim, com o objetivo de mostrar a vida e obra do poeta paraibano que é patrono da cadeira de número 1 da Academia Paraibana de Letras.
Inicialmente a Academia contava com 11 cadeiras, no entanto desde 1959, mediante a reforma dos estatutos, conta com um número total de 40 cadeiras.
Fontes:
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