Pesquisa e Texto: Janaina Barbosa
Naturalidade: Pombal – PB
Atividade artístico cultural: artesanato/ artes visuais
Instagram: @amelhinhaluz
Site: https://amelhinhaluz.my.canva.site/
Amelhinha Luz, natural de Pombal é uma artista e defensora da cultura e do artesanato Pombalense. Em suas obras, ela retrata a importância da arte e o lugar que ela deve ocupar na sociedade, buscando introduzi-la nos meios educacionais, ao qual diz ser seu palco e o lugar oportuno para sempre encorajar novos artistas. A artista conta em entrevista que desde cedo teve influências internas diretas, já que seu pai é artesão e sua mãe costureira, ambos atuantes na cultura popular da cidade. Com isso, ainda na infância ela mostrou interesse por esse meio realizando pinturas e desenhos, música e pequenos trabalhos artesanais. A mesma conta que chegou a negar seu talento por muito tempo, não por vergonha mas por escutar as pessoas falando que a arte não dava futuro e que não era uma profissão, então resolveu deixar suas vivências e seu talento naturalmente artístico para embarcar em uma jornada diferente.
Amelhinha diante disso buscou outros horizontes e assim ingressou na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), onde concluiu sua graduação e mestrado no curso de ciências e tecnologias vivenciando os contextos da profissão e dos meios acadêmicos, porém sua paixão pela arte fez ela voltar e se dedicar a continuar o legado da família. Ela fala que suas tias também foram artesãs e professoras e não poderia deixar que a história acabasse com seu pai. Diante disso, voltou para o mundo artístico durante a pandemia e uma de suas obras em artesanato por conseguinte concorreu e foi premiada no estado da Paraíba em segundo lugar na 10° Regional pelo Edital Hermano José/ Lei Aldir Blanc, na categoria Artesanato no ano 2021. Foi ganhadora também do troféu Melhores do Ano 2023 na categoria Artesã na cidade de Pombal. Atualmente, ela e seu pai estão engajados no projeto que foram premiados, que seria a Lei Paulo Gustavo que visa ampliar as oportunidades aos jovens de Pombal. A priori é voltada para os povos quilombos que não tem a desenvoltura artística, mas que querem aprender a dominar as técnicas para usarem o barro e a argila. Ainda em 2023 iniciou o projeto para ensinar estudantes da educação prisional, ao qual uniu o ensino de forma descomplicada ao talento dos jovens artistas, desenvolvendo um jogo por meio da linguagem de programação, que consiste em criar meios para estimular a aprendizagem do aluno, tornando o ambiente escolar dos reeducandos mais dinâmico, prático e inovador através do uso da tecnologia.
Amelhinha vê a arte e a cultura algo fundamental para o desenvolvimento dos jovens, em seu perfil no instagram mostra como os projetos são feitos e o papel deles na vida dos estudantes. Em suas redes, pauta o ensino descomplicado e fala sobre a necessidade de assegurar os artistas sobre o seu ganho em torno do seu trabalho e sobre a implementação de leis que fiscalizem. No final de sua entrevista ela fala que acredita na fala do Gilberto Gil que diz, “a arte não pode ser vista como extraordinário, mas sim ordinário como lei”.
Fontes:
Entrevista concedida ao guia TV/ e site Liberdade TV
https://www.facebook.com/watch/live/?extid=CL-UNK-UNK-UNK-AN_GK 0T-GK1C&mibextid=9R9pXO&ref=watch_permalink&v=1324272951793 999 https://www.liberdadepb.com.br/professora-pombalense-desenvolve-jog o-educativo-para-ensinar-estudantes-da-educacao-prisional/