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Data de publicação do verbete: 05/07/2024

Analice Chaves

Poetisa.
Data de publicação: julho 5, 2024

Pesquisa e texto: Sandra da Costa Vasconcelos

Naturalidade:  Belém do PA // João Pessoa – PB

Nascimento: 26 de março de 1998

Atividade artístico-cultural: poetisa

Atividade Profissional: professora

Facebook: Analice Chaves

Instagram: @analicemchaves

Analice Chaves, vive na capital paraibana desde seus 8 anos de idade.  Tem como autoria os livros de poesia Setembrices e outros resquícios de revolução (A União, 2015) e Um poema é um horizonte entempestado (Penalux, 2022). Participou também da produção e direção de espetáculos multiartísticos em João Pessoa, sendo graduada em Letras pela UFPB. Trabalha como professora e compartilha suas poesias através das redes sociais, em sua cabeceira estão Ana Martins Marques, Matilde Campilho, Nicanor Parra, Emily Dickinson e outros.

Analice Chaves, assume um lirismo intenso, uma emoção viva em cada poema — mas é sempre uma emoção pensada, cismada com os sentimentalismos, razão pela qual eles são expurgados de seus textos, como é possível se notar em seu livro “Um poema é um horizonte entempestado”. Sua poesia tem a constância de um vazio existencial, sendo por vezes francamente desassossegada.

O seu processo metafórico, é singular e muito bem elaborado. Duas metáforas se destacam em seus poemas: a do tigre e, em especial, a do abismo. O tigre aparece em Época de ventania na sua acepção mais corriqueira, como “promessa de um susto” (como, em certo sentido, o do conto Bestiário, de Cortázar, citado pela autora) — mas como a cidade está “lotada de tigres”, o significado da palavra alça voos e remete ao desassossego e/ou dificuldade da convivência humana. O abismo, por sua vez, é signo do perigo, do risco .

O vento, ou a tormenta (que torna o horizonte “entempestado”), é outra metáfora a que a autora recorre reiteradamente. E vem como um registro, não raro ritmado com esmero, do tumulto interior do eu lírico, um poema drummondiano, sobre os embates da poetisa com a palavra, como se apresenta nesses versos: “em algum momento […]/ vou encontrar a palavra de que preciso/ Pra dizer que o que sinto é diferente do que alcanço”. 

Fontes:

https://beraderos.blogspot.com/2023/03/analice-chaves.html

https://rascunho.com.br/colunistas/rodape/poesia-desassossegada/

https://www.escavador.com/sobre/224538667/analice-de-melo-chaves#google_vignette

 

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