Naturalidade: João Pessoa- Paraíba
Nascimento: 28 de julho de 1986
Atividades artístico-culturais: Poetisa/Escritora
Email: anna_apolinario@hotmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/apolinarioanna/
Anna Apolinário, nascida em 28 de julho de 1986 em João Pessoa na Paraíba, é poeta, licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba, estreante em 2010 com o livro Solfejo de Eros (CBJE), em seguida veio Mistrais em 2014 (Prêmio Literário Augusto dos Anjos – Edições Funesc), Zarabatana em 2016 (Patuá) e Magmáticas Medusas em 2018 (Editora Cintra/ARC Edições).
Com uma paixão por literatura e poesia desde a infância, a leitura sempre fez parte da vida da Anna Apolinário, o que se intensificou na adolescência. “Mergulhei nas leituras mais densas, de grandes obras literárias. Nesse universo de intensa ligação com a leitura, a minha inclinação para a escrita tornou-se mais fecunda, então escrevia poemas, diários, mas não pensava em publicar. Sempre concebi a poesia, o rito da escrita, como um exercício de libertação do espírito,uma busca incessante pela revelação da beleza”, relata Anna.
“Criar um poema é tocar, lapidar um delírio, fazê-lo brilhar feito um diamante selvagem. O poeta é sempre o alquimista, aquele que maneja com audácia os afiados gumes da linguagem, raptando o pássaro palpitante que habita o Sonho. A escrita do poema representa o sagrado e delicioso ofício de mergulhar em abismos, vestir-se de tempestades, alçar voo rumo ao coração secreto, escavando fundo, para revelar o ouro de todas as coisas. Quando escrevo, eu acendo as chispas, alimento as febres, dedilho a poesia em estado bruto, transbordando das entranhas, devoro as formas do fogo, para traduzí-lo em sílabas, incendiando carne e espírito. O poema é um animal mágico, nervos, sangue e magia, uma força da natureza, um lugar de poder, beleza e metamorfose, é neste lugar que habito, estou sempre erguendo imagens, sons, e formas, moldando um universo delirante de possibilidades e deslocamentos oníricos e líricos.
O processo de publicação perpassa muitos aspectos, a questão de se assumir como autora, de ver sua obra em circulação no mercado editorial, de lidar com leitores e com a exposição gerada pelo ato de publicar um livro. Cada poeta tem seu próprio ritmo e vai se descobrindo, creio que a publicação é uma etapa que faz parte da vida de quem escreve, o essencial sempre será a criação, a publicação é um desdobramento do fazer literário”, comenta.
Anna é idealizadora e organizadora do Sarau Selváticas, um projeto que trabalha na ampliação dos espaços femininos das autoras buscando fortalecer o protagonismo das mulheres e seu empoderamento. “O cenário paraibano ainda é marcado pelas tentativas de invisibilizar a produção literária de autoria feminina. Mas a efervescência de novas autoras é nítida, e há qualidade e quantidade, estamos cada vez mais buscando ampliar os espaços, a palavra de ordem é resistência e afronte”.
As datas do Sarau costumam ter sua divulgação por meio das redes sociais: instagram @sarauselvaticas e Facebook Sarau Selváticas
A escritora conta com um novo projeto, segundo Anna, o quinto livro de poemas está em processo de escrita, com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2019.
Apolínea
Sou feita de incêndios
Minha sede inflama
teus pianos
cartesianos
Filha de Rudá
Baudelairiano patuá
Içando peitos
com numinosos pássaros
Urro marítimo
Embriagado istmo
Templo em que
Vibra a beleza
Deidade e devir
Sou eterna
Enquanto vivo Poesia
(POESIA DO LIVRO MISTRAIS)
Fontes: Entrevista com Anna Apolinário
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APOLINÁRIO, Anna. Mistrais. João Pessoa: FUNESC, 2014