Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 1961
Atividade artístico-cultural: artesão, artista plástico
Instagram: @ciaeuari
Arimatea Costa é natural de João Pessoa, aprendeu a transformar seu hobby em renda e arte com entalhe e pirogravuras em madeira, além de mais peças de artesanato. Um trabalho que mostra nova faceta para Ari, que chegou a Marília – SP em 1993 com a família e ficou conhecido por sua atuação de mobilizações sociais e de trabalhadores, o artista também é figura em eventos, festivais e ações culturais na cidade. Com a arte, ele começou a ganhar seguidores em redes sociais, grupos de WhatsApp e rede de contatos. Uma paixão que o acompanha desde a juventude, quando morava em Recife.
Passou a desenvolver a pirografia, arte de escrever ou desenhar na madeira com fogo ou ferramentas de produção de calor. “Trabalho com realismo, em figuras e fotos, transferindo para a madeira. Neste caso o MDF que é uma madeira homogênea e permite a regulação do desenho na madeira, nas sombras e no realismo”, afirmou certa vez em entrevista ao site “Giro Marília”. Fã de rock, apresentou algumas imagens com boas repercussão nas redes sociais para reproduzir fotos de artistas, capas de disco e outros. E expandiu, hoje tem placas para áreas gourmet e churrasco, decoração, presentes, imagens de pessoas e outros pedidos.
Ari produz entalhes em madeira, cestaria com jornal, com o papelão, já produziu muitas coisas, como caixas de todos os tamanhos, filtros de café além de conhecer a arte do macramê, que é feita em cordas, cordões e todo o tipo de fios. Em 2024, Ari esteve presente no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, sua experiência foi a melhor possível. Ele conheceu a exposição “Paraíba – Berço da Cantoria, do Cordel e de Culturas Populares”, admirou tanto que se apresentou no Palco do Cordel e ainda doou uma de suas obras ao Museu.
Em seu trabalho deixado no MAPP, Ari retratou Ariano Suassuna e Zélia de Andrade Lima, desde a sua adolescência, a criatividade faz parte da vida de Ari, cuja expressão artística já transitou por diversos materiais. Ari contou que certa vez, ao passear por grupos de artesanato, viu um anúncio de vagas abertas, para uma semana de atividades voltadas à iniciação na pirogravura, do básico ao realismo, ministradas por Allan Mr. Ziron, que fazia arte com pirogravuras. Ficou bastante interessado e fez esse curso rápido. Por questões financeiras, não pode participar das práticas mais avançadas, só que como sempre esteve ligado à arte, se adaptou e se apaixonou por essa nova forma de criar.
Ele não é desenhista, mas transforma a arte em um trabalho que lhe agrada, transferindo figuras da fotografia para a madeira. A pirogravura o conquistou, seu convite para participar da exposição do MAPP veio da professora Joseilda Diniz, uma das curadoras da exposição, isso lhe deu a oportunidade de obter contato com obras de outros artistas que hoje admira bastante, como o artista Leandro Gomes de Barros.
Ari também trabalha há muitos anos como motorista em uma instituição pública de ensino superior na área da saúde, em Marília. Atualmente continua na ativa, mas em processo de aposentadoria. Vem se dedicando cada vez mais a aprender à pirogravura e conforme elabora as peças, percebe o quanto vale a pena investir em materiais e em tempo para se aprimorar, com a possibilidade, igualmente, de gerar recursos financeiros no futuro, mais Informações acerca das peças do artista podem ser obtidas em suas redes sociais oficiais.
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