Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: Picuí-PB
Nascimento: 1937 // Falecimento: 2018
Atividade ofício-profissional: Radialista e Locutor Esportivo
Formação Acadêmica: Ciências Econômicas
Cargos Exercidos: Diretor Superintendente da TV Borborema
Ariôsto Ferreira de Sales foi um dos maiores nomes da comunicação campinense e paraibana dos últimos tempos. Natural do município paraibano de Picuí, nasceu no dia 30 de maio de 1937. Filho de Éolo Sales, foi com os pais, muito jovem residir em Campina Grande, juntamente com os irmãos, todos nascidos em Soledade.
Foi em Campina Grande, cidade que aprendeu a amar, onde ele conseguiu tudo. Estudou, trabalhou, casou e constituiu família. Antes da formatura em nível superior, em Ciências Econômicas, começou na comunicação, no rádio, jornal e, posteriormente, na televisão. No rádio um belo narrador esportivo, apresentador e noticiarista, e na televisão, o primeiro diretor superintendente, responsável pela organização da primeira equipe da TV Borborema, a primeira do interior do Norte e Nordeste do Brasil.
Na comunicação, o rádio foi o primeiro passo. A Rádio Borborema, sua primeira escola, na qual muito aprendeu e o auxiliou a fazer os estudos superiores. Além de um bom locutor comercial e apresentador, talvez tenha sido o narrador esportivo que mais chamaria a atenção dos ouvintes no rádio campinense, após espelhar-se nas narrativas de Geraldo Rodrigues e Antônio Menezes, pela Caturité, e pelo grande Palmeira Guimarães, também, poeta e escritor, que engrandeceu a saudosa Borborema, como seu primeiro narrador esportivo. Mas, certamente, Ariôsto Ferreira de Sales, foi, apesar do valor dos primeiros locutores esportivos campinenses, na década de 50, o que mais despertou a atenção dos campinenses.
Primeiro, porque viveu o grande momento da mudança do futebol local, com a chegada ao profissionalismo, do Campinense Clube, numa época em que predominava, apenas, um único clube de futebol a representar a cidade, o Treze Futebol Clube. Ariôsto, viveu esse momento, sendo a novidade na narração esportiva no final da década de 50, começo dos anos 60, após as presenças, diante dos microfones das emissoras campinenses. Ele brilhou nas narrativas daqueles momentos importantes de transformações do futebol na cidade. Ariôsto também fez nascer um outro nome da narração esportiva, a exemplo dele, e de início, um locutor comercial e noticiarista e, como ele, de mansinho, transmitindo um jogo aqui e ali, para depois também se firmar como um espetacular narrador: o saudoso Joselito Pereira de Lucena.
Foi, portanto, Ariôsto um também professor e incentivador de outros nomes que surgiram nas transmissões das tardes de domingo do futebol campinense. O próprio Zelito, Antônio Alberto de Queiroz, Ary Ribeiro, Edmilson Antônio, Luismar Resende, Josusmá Viana, José Tavares, Evilásio Tenório e o digitador desse texto, entre outros, recebemos a boa influência do grande Ariôsto, de como se tornar um locutor esportivo, um comentarista ou repórter de campo. Vindo a falecer em maio de 2018 aos 81 anos de idade, uma grande perda para a comunicação esportiva paraibana.
Fonte:
https://gilsonsoutomaior.blogspot.com/2018/06/adeus-amigo-ariosto_3.html