Município: Campina Grande – PB.
Criador: Deodato Borges
Ano de criação: 1963.
De início, “A Hora do Flama” foi uma novela policial com sequências transmitidas diariamente pelo seu criador, Deodato Borges que na época, produtor da Rádio Borborema, “ZY 7”, na cidade de Campina Grande, no Agreste Paraibano. O programa agradava todos os públicos, de pessoas mais velhas até as crianças, que ansiosamente esperavam todos os dias a transmissão, às 13:00 horas de Segunda a Sexta.
O programa policial “A Hora do Flama” chegou a ser exibido mais de 2.200 vezes, e fazia muito sucesso em toda região na década de 1960. Era concorrente direto de outro programa do mesmo gênero intitulado “Jerônimo, O Herói do Sertão”, retransmitido pela Rádio Jornal do Commércio de Recife.
As crianças adoravam o Flama, existiam vários fã-clubes e as carteirinhas do “Clube do Agente Secreto do Flama” davam livre acesso aos usuários para conhecer as dependências do auditório onde o programa era transmitido, com sorteio de brindes, prêmios, entre outros que faziam a alegria dos fãs. Segundo Deodato, o sucesso do Flama foi imediato, e foi necessário até que mudasse o programa de horário, porque as crianças só iam para a escola depois do fim do seriado.
Em 1963, surge a revista “As Aventuras do Flama” desenhada por Deodato, também autor, apresentador e rádio ator do seriado. O personagem apresentava alguns traços físicos do seu criador, como o seu bigodinho típico. Foram lançadas três edições da revista em quadrinhos, além de algumas páginas de acervos documentais.
O herói era um vigilante mascarado a serviço da justiça local, sempre convocado para elucidar os casos e situações perigosas, usava uma pistola e suas habilidades fora do comum para combater a criminalidade. Para solucionar os crimes e mistérios contava com a ajuda do delegado Laurence e sua filha, namorada do Flama, Eliana e Bolão.
Deodato lembra que ao término do anúncio da criação dos quadrinhos centenas de crianças invadiram a emissora e os primeiros 1.500 exemplares foram vendidos na porta da rádio. As revistas não chegavam até as bancas, eram vendidas antes mesmo de chegar aos pontos de venda. Apesar de não ter nem ao menos 5 edições lançadas, a revista é referência de quadrinhos paraibanos sendo a primeira revista e personagem de quadrinhos criados no estado.
Na apresentação da primeira edição de “As Aventuras do Flama”, na página 5, no Bilhete dos Leitores:
“A revista que vocês estão começando a ler, neste momento, é um relato completo das minhas mais emocionantes aventuras, demonstrando, através das histórias em quadrinhos, que o crime não compensa e que, onde quer que haja um criminoso, aí estará um Defensor da Lei, lutando para que se faça justiça. ”
Fontes:
http://hqquadrinhos.blogspot.com.br/2014/08/flama-de-deodato-borges.html/
http://www.comichouse.com.br/quadrinhos/autoral/nacional/as-aventuras-do-flama-de-deodato-borges/
