Local: Rua Lourival C. Souza, 46, Caaporã – PB
Data de Criação: 17 de setembro de 2004
Atividades: oficina de artes (pintura, crochê, esculturas de barro, bonecas de pano, bordados, trabalhos com ráfia), venda de peças artesanais
Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100054307789229
Contato: (83) 9317-1709
A Associação de Artesãos Flor-de-Lis de Caaporã foi registrada oficialmente em cartório em 17 de setembro de 2004 por iniciativa de onze artesãs. De acordo com os componentes da associação, a iniciativa partiu da Sra. Maria do Carmo (Dona Carminha). Até o ano de fundação da associação foram pelo menos quatro tentativas de organização. Segundo relatos, Dona Carminha buscou reunir artesãos do município entre os anos de 2000 e 2001. Neste período seus membros levantaram dados históricos, culturais e naturais significativos sobre a cidade. A intenção era reunir informações que contribuíssem para criação de um tipo de artesanato que representasse o município e o grupo, algo que se relacionasse diretamente à busca da identidade através da preservação da memória coletiva.
Desde seu processo de organização até o período de atuação como associação (2000-2004), o grupo estima a participação de cerca de trinta artesãos entre homens e mulheres presentes em encontros e reuniões. O propósito das reuniões era discutir questões de produção, participação em eventos, localização de uma sede, como também o nome da associação. Alguns desses encontros ocorreram durante eventos promovidos pelo Serviço Brasileiro de Apoio ao Empreendedor da Paraíba (SEBRAE-PB) e pela Secretaria de Ação Social do município de Caaporã. Nestes eventos eram oferecidas oficinas e palestras sobre técnicas do artesanato e empreendedorismo aos artesãos com a colaboração de professores da Universidade Federal da Paraíba – UFPB.
Em um dos encontros organizados pelo SEBRAE-PB, o nome “Traçar” foi sugerido por um dos artesãos para identificar o grupo. A escolha foi justificada pelo fato dos artesãos terem habilidades relacionadas ao “traçado”, como barro, cipó, madeira, entre outros. Nem todos os membros concordaram com a sugestão, até que em 2004, o grupo contrário ao nome “Traçar”, recebeu apoio para o registro do grupo com o nome “Associação de Artesãos Flor-de-lis de Caaporã”. Até o ano de criação da Associação Flor-de-lis, o grupo de artesãos utilizava o quiosque para a produção, exposição e comercialização dos produtos. Os artesãos que tinham disponibilidade trabalhavam no quiosque produzindo e vendendo as peças em horários predefinidos.
Outros produziam em casa e forneciam seus produtos para venda no quiosque que recebia um número expressivo de turistas que compravam e encomendavam as peças. As artesãs não trabalhavam com estoque de produtos e as encomendas realizadas por moradores do município passaram a ser o principal meio de comercialização do artesanato produzido pela associação. Na associação observam-se as definições de funções administrativas. As sócias seguem os princípios criados em 2004 e registrados na ata de fundação até os dias atuais. Sendo assim, a cada nova eleição para presidente da associação são nomeadas artesãs para as funções de tesoureira, conselheira fiscal e secretária.
Em 2012, sugeriram a redefinição do nome da Associação de Artesãos Flor-de-Lis de Caaporã para Associação e Oficina de Arte de Caaporã, o grupo, em sua maioria, decidiu pela continuidade do nome “Flor-de-Lis”, apesar da desistência de alguns membros. A associação é constituída por pessoas que produzem artesanatos com características heterogêneas relacionadas à habilidade com determinada matéria-prima, pela afinidade com o tipo de artesanato produzido ou pela apropriação de conhecimentos adquiridos na infância e na adolescência. Atualmente, entre as vendas por encomenda mais solicitadas pela população estão os artesanatos utilitários e de decoração como: biscuits, bonecas de pano, fuxico, bordados, pinturas em tecido e crochê.
Em 2015, a Associação de Artesãos Flor-de-Lis foi tema de dissertação de mestrado em Extensão Rural e Desenvolvimento Local de Emanuelle Silva de Santana, estudante da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, trabalho intitulado “CAPITAL SOCIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL: A ORGANIZAÇÃO DAS ARTESÃS DA ASSOCIAÇÃO DE ARTESÃOS FLOR-DE-LIS DE CAAPORÃ – PARAÍBA”.
Jonas do Nascimento dos Santos
Fontes:
https://www.oasisbr.ibict.br/vufind/Record/UNSP_1d18e4595161021c709db0fb0aaa1e85
https://www.facebook.com/profile.php?id=100054307789229
https://www.escavador.com/sobre/2744951/emanuelle-silva-de-santana