Município: Campina Grande – PB
Ano de criação: 2010
Contato: (83) 99926-1769
E-mail: varaldecabare@gmail.com
Instagram: https://www.instagram.com/varaldecabare/
Facebook: https://www.facebook.com/varaldecabare/
Músicas: https://soundcloud.com/varaldecabare
Vocalista: Pablo Giorgio
Integrantes: Guitarras: Juca Rosa Cruz, Arthur Dantas; Baixo: Igor Nóbrega; Bateria: Beto Kbeça; Produção: Babi M. Fraga.
A Banda Varal de Cabaré conta a história verídica de um empresário que usava o popular meio de transporte nordestino para promover encontros sexuais entre seus clientes, proporcionando diferentes emoções para o tão acalorado público, enfeitando seus corações com dores de cotovelo e mensagens rasgantes de amor, com uma malemolência contagiante que faz todo mundo se remexer.
A partir de uma proposta de releitura de músicas “bregas”, foram surgindo composições autorais onde a lírica e os arranjos espontaneamente soavam como as canções antigas de amor e exagero, com uma pegada rock ‘n roll.
O grupo vem ganhando espaço pra mostrar suas músicas apresentando-se em diversos festivais e eventos no Estado da Paraíba. E o repertório da banda é composto de grandes clássicos do brega como “Sorria”, de Evaldo Braga; “Lua de Mel”, de Reginaldo Rossi e também composições contemporâneas como “Você tá doida pra me dar”, de Totonho, “Xirley”, de Zé Cafofinho, e outras do gênero.
Segundo os músicos da banda, as apresentações podem acontecer em inauguração de laje, aniversário do padre, casamento, qualquer evento que necessite de um balanço “sentimental-malemolente” é só ligar que não tem tempo ruim.
A figura do mototáxi, ou mototaxista, abordada pela banda, pode não ser muito conhecida nas grandes metrópoles, mas faz parte do cotidiano das cidades pequenas e médias do Brasil. Como o nome já indica, é uma espécie de taxistas sobre duas rodas. Amados por uns e odiados por outros, eles percorrem toda a cidade levando passageiros e mercadorias. São uma classe presente na vida urbana contemporânea.
Varal de Cabaré lançou em 2014, o primeiro EP “Músicas para o exagero da paixão”. No ano de 2015, participaram do Monstro Rocks, projeto de shows mensais da Monstro Discos no Martim Cererê, em Goiânia em que os paraibanos ganharam o reforço de artistas locais que seguem essa linha, como o grupo Os Canalhas e Bruno & Marrone.
“O seu moletom rajado de tigre. E o seu capacete, amarelo neon. Acima de tudo, a sua pochete. Rasante na moto em busca do amor”, canta malemolente o vocalista Pablo Giorgio, conduzindo seu “Mototáxi do Amor”. Hit instantâneo no Youtube com quase 300 mil visualizações.
Na fórmula, a batida irresistível do brega, encorpada por um instrumental de guitarra, baixo e bateria, uma mistura denominada por “brega ´n´ roll”.
“O que a gente mais ‘viaja’ aqui é em Odair José. Também gostamos muito de Paulo Sérgio, Ronaldo Adriano, Reginaldo Rossi. Tem até uns ‘breguinhas’ dos Beatles, antigões. Por que não? Robertão. É por aí. Dançantes, melódicos e pontos fora da curva no mainstream, o rock e o brega têm muito mais em comum do que sonha nossa vã filosofia. Explica Pablo, ao falar de nomes de um tempo de encruzilhada de gêneros, no final dos anos de 1960, e início de 1970.
Pablo acrescenta que ambos são alheios a modas, arrastam multidões, além de serem pródigos em narrar de forma direta os eventos cotidianos. “Nenhum deles é muito tocado nas rádios hoje em dia. O rock tem todo o caráter de contestação. O brega conta o dia a dia da galera periférica. São dois estilos bem underground.”
Fruto da cena universitária da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) o clipe “Mototáxi do Amor” é parte do projeto de conclusão do curso de bacharelado em Arte e Mídia, da estudante e produtora Babi Fraga, o Varal de Cabaré une as influências elásticas dos músicos, reproduzindo um brega mais clássico, sobre lamúrias amorosas, convertidas em timbres sessentistas.
O sucesso do Varal, que nunca tocou fora da Paraíba é reflexo dos novos tempos de internet. Uma letra bem diferenciada, um ritmo contagiante, um vídeo engraçado: não há limites para a “zoeira” e nem para os cliques.
Pablo Giorgio enfatiza “A internet facilitou bastante. Tudo prolifera rápido. Claro que se fossemos de São Paulo ou Recife, que é a ‘Meca’ do brega, seria mais fácil em termos de logística, de produção e escoamento. Mas o digital está abrindo portas para a galera aparecer”.
Fontes: