Naturalidade: Campina Grande – PB
Atividades artístico-culturais: Cantor, compositor e instrumentista (sanfona).
Discografia: 13 LPs, entre eles: Batedor; Naquele baile; Tapecar; Bastinho Calixto, Eu toco e você canta; Meu presente; Raízes nordestinas; O mais jovem 8 baixo; Pegando fogo; e De volta pra Iracema.
Estilo musical: Forró
Sebastião Tavares Calixto, conhecido como “Bastinho Calixto”, começou sua carreira quando ainda era muito jovem tocando zabumba para Luiz Gonzaga e como ritmista de Jacson do Pandeiro. Foi casado com a compositora e cantora Hermelinda, do Trio Mossoró, e é irmão de Zé Calixto, Luizinho e João Calixto.
Nos anos de 1970, viu sua carreira tomar impulso principalmente na região Nordeste. Em 1971, participou do programa do Flávio Cavalcante “A grande chance” TV Tupi-Rio, no qual representou o estado da Paraíba e ganhou o prêmio de CR$ 1.200 e a gravação do 1° LP – intitulado “Eu toco e você canta” foi produzido na gravadora Copacabana.
Em 1972, começou como assistente de produção com Ozéias Lopes e Carlos André, depois foi promovido a produtor e por último diretor artístico. Atuou em pouco mais de 400 discos como produtor nas gravadoras Bervely, Copacabana, Tapecar, CBS atual (Sony Music), Odeon atual (Emil Music), RCA atual (BMG), Continental hoje (Sistema Globo), Sigla (Sistema Som Livre), e outras.
Em 1974, gravou “Fogueirinha do amor”, de Britivado Sabino e Elias Alves, Chegou o tocador, de sua autoria e Adolfinho, Pedido de casamento, de Lindolfo Barbosa, integrante do Trio Nordestino e Alberto Lacerda, e Laura, de João Silva e Anatalício.
Em 1975, “Se eu te pegar te laço”, de sua autoria, Walter Costa e Júlio César, Oito baixos em festa, dele e Zé Calixto e “Vou ver Luiza”, de Lindolfo Barbosa e “Você não crê em amor”, de Zelita Calixto.
Em 1976, gravou entre outras composições: Bicho besta, Oxente gente e Jeitinho de um anjo.
Em 1985, compôs “Bom de fole”, com Gebardo Moreira, gravada por Jorge de Altinho no disco (Nem que pare o coração), na RCA Camden. No mesmo ano, compôs o “Forró verdadeiro”, que deu título ao LP lançado pela cantora Hermelinda pela Chantecler e que incluiu, ainda, as suas composições “Chegue pra chamegar”, com Oseinha, “A lhe procurar”, com Zé Ramos e João Mossoró, “Só sei te querer”, com Reginaldo Régis, Oito baixos no frevo, com Zé Calixto, e “O adeus de quem tanto amei”, com Reginaldo Régis e Camarão.
Em 1995, o cantor Flávio José gravou de sua autoria e Claudô, “Pimenta no salão”. Em 1999, a EMI lançou dentro da série Raízes Nordestina, o CD “Bastinho Calixto”, com 20 composições gravadas por ele, entre as quais, Chegue pra cá pra eu Joana, dele e Buco do Pandeiro, Na casa do seu Mané, dele e José Bezerra e Sanfoneiro mole, de João Mossoró e Abdon Santos.
Bastinho Calisto realizou inúmeras parcerias com a ex-mulher Hermelinda, entre as quais, “Forró traçado”, gravada por Dominguinhos, Toque de fole, um de seus maiores sucessos, gravada por Elba Ramalho e Vamos lê lê lê, gravada pelo Trio Nordestino
O artista trabalhou ainda com Katia de França, Adelson Alves e Clara Nunes. Participou do “Programa do Chacrinha” e trabalhou 2 anos na Rádio Globo – Rio de Janeiro. Compôs 1.200 músicas das quais cerca de 750 foram gravadas por cantores do cenário regional e nacional. Depois de sofrer um acidente de carro, o cantor e compositor viu sua carreira de sucesso chegar ao fim, porém continuou compondo suas músicas.
Segundo Bastinho, depois que parou de andar só lhe restou como salvação os recursos oriundos dos direitos autorais. Só que com o advento da pirataria que começou a tomar conta do mercado musical, a situação ficou mais dramática. Bastinho é um exemplo de força e ânimo, em meio a uma dura realidade. Ele afirma “Mesmo assim sou feliz, continuo compondo e sonhando”. Uma grande lição de vida!
Fontes: