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Data de publicação do verbete: 15/12/2016

Benedito Batista Pereira

Poeta, músico, orador, professor e político. Teve nos versos e na vida pública seus dois grandes amores. Foi membro da Academia Imperatrizense de Letras, no Maranhão.
Data de publicação: dezembro 15, 2016

Naturalidade: Princesa Isabel – PB

Nascimento: 10 de outubro de 1934 / Falecimento: 11 de setembro de 2004

Atividades artístico-culturais: Poeta e músico.

Atividades exercícios-profissionais: Orador, professor e político.

Livros: Canto Ocasional (1985); Cultura Popular Maranhense: do Grajaú ao Tocantins (1996); Zeca Leda e sua Poesia (1997); Arpejos em Tom Menor (1997); Canto do Amanacy (1998); Melopeia Dual (2001); Vozes do Silêncio (2002); Antologia Poética (2009).

Benedito Batista Pereira é filho de Joaquim Batista Pereira e de Anna Baptista da Silva. Viveu até os 5 anos de idade em Fazenda Alegre, no Distrito de Tavares. Depois, mudou-se para a antiga Vila Nova Olinda do Piancó, hoje uma cidade, onde morou com os pais durante dez anos. Intelectual e ativista político, o professor Benedito, como era mais conhecido, teve na poesia e na política seus dois grandes amores.

Seu primeiro sonho foi conhecer Grajaú, município que descobriu ouvindo as histórias de um tio e as referências do seu próprio pai. Nos anos de 1948 e 1949, partiu para a cidade na companhia de Francisco Batista Pereira e Cícero Batista da Silva.

Viveu em Grajaú de 14 de dezembro de 1949 até 28 de janeiro de 1960. Daquele mês de 1960 a abril de 1963, residiu em Amarante do Maranhão, onde foi eleito vereador e escolhido como mestre-escola. Morou em Imperatriz, nesse mesmo estado, até o seu falecimento.

O paraibano, ao longo de sua vida, construiu uma extensa trajetória na política e no serviço público, principalmente em outros estados do Nordeste. Com talento nato para a escrita, o poeta criou a letra do Hino do município de Amarante do Maranhão.

Nos anos de 1969 a 1971 fez o Curso Normal (2º grau) na Escola Pedagógica de Imperatriz. Lecionou nos colégios Bernardo Sayão, onde foi secretário, na Escola Técnica de Comércio de Imperatriz, no Ginásio Bandeirantes e foi diretor e professor no Colégio Ebenezer.

Ainda exerceu a direção do Departamento de Educação da Prefeitura Municipal de Imperatriz, de maio de 1963 a abril de 1964, na administração de João Menezes Santana. Em Natal, no Rio Grande do Norte, estagiou durante dois meses na campanha do prefeito Djalma Maranhão. Durante a noite participava, como observador, da experiência do método do professor Paulo Freire.

Em 30 de março de 1966, o paraibano foi nomeado pelo governador José Sarney, auxiliar do Controle Fiscal. Nesse mesmo ano assumiu, interinamente, a Coletoria do município de João Lisboa, próximo a Imperatriz, no Maranhão.

No dia 15 de novembro de 1970 foi eleito vereador da Câmara Municipal de Imperatriz, num mandato de dois anos. Foi secretário de Educação e Cultura nos anos 1977 e 1978 na administração de Carlos Gomes de Amorim.

Nas suas atividades literárias, Benedito produziu muito. Em 1985, publicou o livro “Canto Ocasional”. Lançou a obra “Cultura Popular Maranhense: do Grajaú ao Tocantins”, em Imperatriz, no dia 7 de abril de 1996. O paraibano foi integrante da Academia Imperatrizense de Letras, na qual ocupava a cadeira 7, cujo patrono é o poeta grajauense, Zeca Leda. Também foi membro fundador da Academia de Letras de Grajaú.

Em 2001, o poeta escreveu o livro “Melopeia Dual” juntamente com sua filha mais nova Rosbene Mendes Pereira Lima. No ano de 2009, lançou a obra “Antologia Poética”, uma coleção de todas as suas publicações poéticas e mais alguns trabalhos inéditos dos anos de 2006 a 2008.

Benedito Batista Pereira faleceu no dia 11 de setembro de 2009, aos 74 anos, em Imperatriz, devido a complicações respiratórias associadas a diversas doenças, entre elas a Diabetes mellitus. Seu corpo foi velado no Auditório Vito Milesi, na Academia Imperatrizense de Letras, onde recebeu muitas homenagens de familiares, amigos, correligionários e confrades do grupo, tendo sido sepultado no dia seguinte.

 

Nosso Amor Dispensa o Verbo

 

Eis-me triste e sofredor

Loge do teu corpo em flor

Sem sorrisos de alegria

Sem os teus olhos, Maria.

Tardes Inteiras sozinho

Noites insones sem ti

Meu coração – passarinho

Igual o de um colibri.

Eu ontem… Que lindo sonho!

Agora só… E tristonho…

Quanta amargura! Que dor!

Minha esperança de vida!

Em tua ginga, querida:

Nenhum verbo… Só amor!

 

(Benedito Batista Pereira)

 

O Que Tu Vais Me Dizer?

 

Essa lua maviosa

que embranqueceu meu cabelo

vai demorar muito tempo

para pratear o teu.

Essa nuvens bem branquinhas

que se espalham no céu

vão alvejar muitas tardes

que te causarão saudades

dos beijos que te roubei.

Essa paisagem amena

que aos teus olhos acena

se o vento soprar forte

sacudindo-a sem parar

dirá bem no teu ouvido:

o teu amor vai voltar.

Porque toda a natureza

desde a terra ao sétimo céu

proclamará em voz alta

que somente o teu sorriso

tem a força e o poder

de destruir meu sofrer.

Tu sabes como ninguém

como ninguém, sabes bem

que minha única esperança

depende exclusivamente

do que tu vais me dizer…

 

(Benedito Batista Pereira)

Fontes:

http://www.jupiter.com.br/u/socultura/benedito.html

http://www.blogsoestado.com/joaorodrigues/2009/09/11/morre-professor-benedito-batista

https://www.facebook.com/imperatriz.historica/photos/a.214082678757859.1073741826.214046232094837/324463267719799

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