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Data de publicação do verbete: 30/09/2016

Bordado Labirinto ou Renda Labirinto

É produzido a partir de tecidos finos, especialmente o linho. O artesanato delicado faz parte do desenvolvimento sustentável e geração de oportunidades de trabalho e renda no estado.
Data de publicação: setembro 30, 2016

Municípios paraibanos: Chã dos Pereira (às margens da BR 230, Pontina (distrito de Ingá), Serra Rajada (Riachão do Bacamarte), Alagoa Nova, Juarez Távora e Serra Redonda.

Técnica artesanal: Manual, os pontos principais são: o cerzido, o torcido, o palhetão, o ponto-de-melindre, o caseado ou perfilado e a bainha

O Bordado de Labirinto, conhecido também como Crivo Labirinto é produzido a partir de tecidos finos, especialmente o linho. O artesanato deriva de uma gama extensa de trançados europeus, introduzidos no Brasil por intermédio da colonização portuguesa em meados do século XVII.

A arte se desenvolveu de diversas maneiras, combinando elementos da cultura branca a tradições litorâneas já existentes. A técnica do labirinto, permite a confecção de uma grande diversidade de gravuras, utilizando-se apenas do entrelace conveniente de fios sobre uma trama têxtil em forma de tela.

A tela é derivada do desfiamento específico do linho ou outro pano semelhante, margeia-se de uma porção de tecido preservado, o qual forma meandros e figuras alongadas semelhante às paredes de um labirinto.

As artesãs dos municípios paraibanos também produzem esta arte. Através do projeto “Labirinto e Bordado do Agreste e Brejo Paraibano”, o tradicional artesanato é produzido em seis comunidades rurais, entre elas: Chã dos Pereira e Pontina (em Ingá), Serra Rajada (em Riachão do Bacarmarte), Alagoa Nova, Juarez Távora e Serra Redonda.

Terezinha Cristovão, ou simplesmente Dona Terezinha, trabalha com a técnica há muito tempo. Suas peças são referências no país e no mundo. As produções da artesã foram expostas na So Ethic, uma feira de moda ética dentro da programação do Salão Prêt-à-Porter, em Paris.

A artesã Adeilde Ferreira, aprendeu a arte da Renda Labirinto com uma vizinha quando ainda era criança. Suas peças são ricas em detalhes, e nelas a artesã expressa os desenhos de sua imaginação. Adeilde gosta muito do trabalho que realiza “Eu faço isso por amor à arte”, concluiu.

Evanilda Farias, conhecida como dona Dida, é um labirinteira que impressiona a todos com as belas e diversificadas peças que consegue produzir. Juntamente com outras 300 artesãs de seis municípios paraibanos faz parte do projeto Talentos do Brasil, uma parceria entre Sebrae e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Esse saber e tradição do agreste da Paraíba no início era apenas aplicado em roupas de cama, mesa e enxovais de bebê. Hoje, alguns projetos sociais promovem oficinas, para aplicações do ofício em outras produções.

O artesanato delicado e muito bem executado pelas artesãs paraibanas faz parte do desenvolvimento sustentável e geração de oportunidades de trabalho e renda no estado. “É a cultura Paraibana no mundo da economia criativa”. (André Piva)

Fontes:

http://argosfoto.photoshelter.com/image/I00007XPSR_uOSdg

http://paraibacultural.com.br/portal/bordado-labirinto/

http://www.rj.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/RJ/artesas-do-agreste-paraibano-expoem-na-fashion-business,8d176f1c2a156410VgnVCM1000003b74010aRCRD

www.paraibacriativa.com.br.br/

 

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