Localização: Mesorregião do Sertão Paraibano, Microrregião de Catolé do Rocha.
Área territorial: 401,315 km²
População – IBGE/ 2024: 14.050 habitantes
Gentílico: Brejo-Cruzense
Limites Geográficos: Norte: Belém do Brejo do Cruz; Leste: São José do Brejo do Cruz e Jardim de Piranhas (RN); Sul: São Bento; Oeste: Catolé do Rocha; Riachos dos Cavalos.
Distância da Capital: 370 km
Data da Emancipação Política: 01 de outubro de 1882
Configurações Geomorfológicas: O município de Brejo do Cruz insere-se no Polígono das Secas. Possui clima semiárido quente com chuvas de verão, com 7 a 8 meses secos.
Altitude: 582 metros
História do município
O município de Brejo da Cruz é considerado um dos mais antigos da Paraíba. No ano de 1600, o português Antônio Barroso Pereira resolveu cultivar um pequeno sítio que se chamava Olho D’Água do Meio. No entanto, Manoel da Cruz Oliveira Lêdo, famoso desbravador do Sertão Paraibano, fundou o povoado, por volta de 1700, instalando-se no sítio Olho D’Água dos Boqueirões, que seria mais tarde a cidade de Brejo do Cruz.
Em 1752, Manoel da Cruz Oliveira construiu uma capela em homenagem à Nossa Senhora dos Milagres. A fertilidade do solo atraiu muita gente para aquela região onde construíram seus sítios e fazendas.
Por volta de 1850, foi cultivado um pequeno sítio que pertencia à família Viana, no mesmo local onde se encontra edificada a cidade. Alguns anos depois, chegava Antônio Pedro, comerciante, que montou uma bodega e logo em seguida (1920) construiu uma latada, dando origem a feira que alcançou grande fama em toda a região. Em 1928 o Sr. Candinho Saldanha montou uma empresa que beneficiava o algodão. A iniciativa alcançou grande sucesso e contribuiu para o rápido crescimento do povoado, gerando empregos e incrementando a movimentação natural dos produtos. Em 1939, Candinho faleceu e a sua empresa encerrou as atividades, mas a estrutura que se formou no povoado garantiu prosperidade e crescimento ao município.
Segundo outra versão, a denominação primitiva do local teria o nome de “Serra do Brejo”, e a escritura de doação do terreno para construção da Capela de Nossa Senhora dos Milagres entregue em 20 de abril de 1774 por D. Maria Manuela Pereira da Silva, ao Pe. Manoel Joaquim Pereira Coimbra. Dada a confirmação de outras fontes do ano de 1752, como a de edificação da capela, supõem-se que a construção do templo tenha antecedido a doação do terreno. Anos depois foi criada a feira semanal do município.
Em 28 de fevereiro de 1859, foi instalada pela Presidência da Província uma subdelegacia de Polícia.
A Lei nº 572, de 1º de outubro de 1874, sancionada pelo Barão de Abiaí, então Presidente da Província, criou a Paróquia de Nossa Senhora dos Milagres, fato que concorreu para o desenvolvimento do lugar.
Clima
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. O clima é classificado como Bsh-semiárido quente com chuvas de verão, com 7 a 8 meses secos, e temperaturas variando entre 25 a 38 graus Celsius. Segundo a divisão do Estado da Paraíba em regiões bioclimáticas, o clima do município é do tipo 4bTh-tropical quente de seca acentuada.
Vegetação
A vegetação é composta por caatinga.
Hidrografia
Brejo do Cruz situa-se nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Piranhas, região do Médio Piranhas. Seus principais cursos d’ água são os riachos Tapera, Grande, Poço da Cruz, Escuro, Fundo, das Lajes, dos Bois, Poço da Onça e do Jacu. Conta ainda com as lagoas Polarinho, das Marrecas e Caminho do Brejo.
Relevo
O relevo varia de ondulado (cotas de 125 metros) a fortemente ondulado, na serra do Brejo do Cruz, com altitude de 582 metros.
Economia
A principal atividade econômica do município até a década de 80 foi a agropecuária, sobretudo com a produção de algodão, feijão e milho, no entanto na década de 90 começou nesta cidade a produção industrial de redes de dormir que acabou se tornando a principal fonte de renda da cidade.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Brejo do Cruz, pela lei provincial nº 572, de 01-10-1874, desmembrado de Catolé do Rocha.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Brejo do Cruz. Pela lei provincial nº 727, de 08-10-1881, foi desmembrado de Catolé do Rocha, constituído do distrito sede. Instalado em 01-10-1882.
Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município é constituído de 2 distritos: Brejo do Cruz e São José.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17-01-1991.
Pela lei estadual nº 5912, de 29-04-1994, desmembra-se do município de Brejo do Cruz, no distrito de São José. Elevado à categoria de município com a denominação de São José do Brejo do Cruz.
Em divisão territorial datada de 15 VII-1997, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Eventos turísticos: Carnaval e Vaquejada
Patrimônio arquitetônico / cultural/ material: Casarões Antigos e Igreja Nossa Senhora dos Milagres
Equipamentos culturais / turísticos: Igreja Nossa Senhora dos Milagres
Turismo
A maior riqueza da cidade de Brejo do Cruz é sua água, extraída de poços no pé da serra, a água de Brejo do Cruz segundo estudos feito é praticamente igual a água mineral que é consumida pelos habitantes e segundo um dito popular da cidade quem dela prova não consegue ficar sem vir a Brejo para matar as saudades.
Principais Pontos Turísticos
Cacimbão
O mais tradicional poço é o conhecido Cacimbão.
O Cacimbão de Brejo do Cruz fica próximo a uma antiga usina onde o cantor Zé Ramalho menciona na música Avohai, e o local é ótimo para descansar e ficar mais próximo da natureza.
Artesanato
A cidade conta com brilhantes escultores de barro que com água, areia e barro fazem suas esculturas da qual lhes dão o seu sustento.
No sítio Santa Rosa é fácil de encontrar esses artesãos em suas casas fabricando os conhecidos potes de barro que servem de reservatório de água.
Sítio Arqueológico Bom Jesus
Gravuras rupestres são símbolos gravados nos lajeados e paredões rochosos. Tem datas aproximadas de 4 a 6 mil anos. No caso das gravuras rupestres existentes no município de Brejo do Cruz, essas vêm sendo estudadas pela equipe de prof. Juvandir, da UEPB. Trata-se de gravuras que apresentam as técnicas do riscamento e picoteamento. Essas gravuras, nos sítios, ocupam, quase sempre, toda a área gravável do suporte rochoso, daí que os sítios arqueológicos da região são bonitos e grandiosamente gravados.
Acervo Zé Ramalho
O acervo Zé Ramalho possui milhares de peças pessoais do artistas, além de livros e cds raros, estando localizado na rua de uma casa só que recebeu o nome de AVOHAI, aos pés da PEDRA DE TURMALINA ao lado do acervo temos uma construção em taipa intitulada de Casa da Cultura Elpídio Dantas, famoso pintor paraibano que residiu por muito tempo em Brejo do Cruz-PB.
Rota dos Açudes
A Rota dos Açudes nasceu a partir da exploração do atrativo turístico Açude da Santa Rosa, que conta com passeio de canoa, barraca de comidas e bebidas, pesca artesanal, passando pelo Açude do Governo que conta com cachoeiras periódicas, o antigo Engenho de Cana de Açúcar do Curral Queimado e no Açude da Pedra Lisa com a contemplação de Casarões.
Trilha Severino Noé
A Trilha Severino é o trecho da cidade de Brejo do Cruz-PB que compõe a Rota de Cicloturismo de Longo Curso Vale dos Sertões. O percurso é sinalizado obedecendo o padrão das rotas de longo curso e pode ser realizado caminhando, pedalando e cavalgando.
Fontes:
http://www.brejodocruz.pb.gov.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brejo_do_Cruz
http://www.cprm.gov.br/rehi/atlas/paraiba/relatorios/BREJ036.pdf
http://www.cidadesdomeubrasil.com.br/PB/brejo_do_cruz
https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pb/brejo-do-cruz.html
https://turismonordestino2014.blogspot.com/2013/08/falando-sobre-brejo-do-cruz-pb.html
*Atualizado por Sandra da Costa Vasconcelos