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Data de publicação do verbete: 26/04/2016

Cachimbinho

Músico, poeta e repentista. Considerado o Mestre das Artes, foi ganhador da Medalha Augusto dos Anjos.
Data de publicação: abril 26, 2016

Naturalidade: Guarabira – PB

Nascimento: 6 de abril de 1935 // Falecimento: 25 de novembro de 2022

Atividades artístico-culturais: Músico, poeta e cantador de coco.

Tomás Cavalcante da Silva, conhecido como Cachimbinho, iniciou sua trajetória aos treze anos. No início da carreira, ele recebeu influência do poeta Manoel Batista. E cantava embolada nas praças, sítios e comícios políticos em sua cidade natal; só depois veio para o município de Santa Rita.

O artista declarou: “Nasci numa localidade que era de Guarabira, mas hoje pretende a Araçagi, sítio Mamaraú”. Chegou a ser preso por cantar em uma praça, mas foi defendido por estudantes e pelo político Sílvio Porto. “Ele mandou me soltar porque a polícia deveria prender bandidos, e não alguém só porque estava cantando emboladas”.

As capitais do Rio de Janeiro e São Paulo foram sonhos realizados pelo poeta, que um dia comprou a passagem escondido e viajou com Mousinho, cantando nas cidades onde não tinham condições de ir e queriam conhecer. No Rio de Janeiro encontrou Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, que o ajudaram na sua carreira, e, ao longo do tempo, passou a ser considerado um dos grandes mestres do coco de roda. Junto com o seu amigo Livardo Alves montaram o grupo de embolada chamado “Com muito amor e pimenta” e em 1991 lançaram um disco.

Considerado Mestre das Artes, Cachimbinho foi ganhador da Medalha Augusto dos Anjos e realizava apresentações especiais pelo Nordeste, especialmente na Paraíba.

Com o falecimento de Cachimbinho em 2022, o  produtor cultural Eudes Hermano chegou a comentar:  “é com tristeza que fico sabendo do falecimento do grande mestre da embolada Cachimbinho. O coco de embolada ficou conhecido pelas últimas gerações graças a ele que, juntamente com seu parceiro Geraldo Mouzinho, mostraram aos novos quão grande e deliciosa é essa arte popular”.

 

Trecho de verso escrito por Cachimbinho:

“Acabou-se carvalhada,

coco de roda e guerreiro

E corrida de vaqueiro

dentro da mata fechada

O forró numa latada

Tem gente que dá no fio

a lapinha o pastoril,

o picado o arroz doce

As coisa boa acabou-se

Traz uma saudade Brasil

Bumba meu boi e ciranda

Isso aí dá bom estrondo

Mamulengo, siá redondo

E o fogo de giranda

Hoje só existe banda.

Não tem mais divertimento

Acabou-se casamento,

O povo só vê novela

Acabou quebra-panela

E corrida de jumento…” 

Fontes:

http://www.acervoorigens.com/2011/03/cachimbinho-e-livardo-alves-com-seu.html

http://www.forroemvinil.com/cachimbinho-e-livardo-alves-com-seu-grupo-peneira-com-muito-amor-e-pimenta/

http://www.sescpb.com.br/index.php/component/content/article/11-cultura/988-cachimbinho-e-geraldo-mousinho-representam-a-paraiba-em-festival-do-sesc-parana.html

https://wscom.com.br/morre-em-joao-pessoa-cachimbinho-mestre-das-emboladas-de-coco-familia-ainda-aguarda-definir-velorio/

*Atualizado por Sandra Vasconcelos em março de 2025

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