Naturalidade: Alagoa Grande-PB
Atividade artístico-cultural: bailarino e coreógrafo
Formação Acadêmica: Danças Folclóricas na Universidade Federal da Paraíba
Participação em Grupos de Danças: Ballet Studio José Enoch, Grupo Contratempo, Grupo de Dança 1º Ato, Coletivo Movasse, Mergulho 747
Instagram: https://www.instagram.com/carlosarao/
Nascido em Alagoa Grande, na Paraíba, Carlos Arão desde a infância sabia que sua vida seria permeada pela dança. Teve experiências marcantes muito cedo, quando tinha por volta de 7 anos, aconteceu uma comemoração em seu colégio, em João Pessoa, uma apresentação de dança portuguesa que queriam que fizesse. Porém sua mãe não queria gastar dinheiro com o figurino, naquele momento ficou bastante triste, sua professora da época disse que ele tinha ritmo e o colégio arcaria com os custos da roupa. Aquilo marcou sua vida e, a partir dali, sempre que lhe aparecia algo relacionado à dança, desde Festas Juninas, desfile de 7 de Setembro, por exemplo, até o dia passou a fazer parte de dois grupos folclóricos de João Pessoa.
Um chamava-se Liceu Paraibano, e o outro, Grupos de Danças Folclóricas da Paraíba, que era ligado à Universidade Federal da Paraíba. Tinha entre 14 e 15 anos na época. Nesses grupos, permaneceu 12 anos, e foi aí que teve a oportunidade de conhecer a dança acadêmica, após esse contato, não parou mais, primeiro estudou jazz, e depois o balé clássico. Queria trabalhar, ter o seu próprio dinheiro. Sua mãe não o barrava de seu objetivo em ser um bailarino, mas não gostava muito. Chegou a trabalhar em uma fábrica de cimento, economizou dinheiro e viajou para o Rio de Janeiro. Estudou muito por lá e depois foi para São Paulo. Ficou um bom tempo nessas duas cidades e também voltou para João Pessoa. Lá, formava aulas e grupos de dança, e foi formando sua carreira. Isso aconteceu ao longo da década de 1980.
Em 1992, conheceu um grupo de dançarinos italianos, em especial a bailarina Fernanda Capodieci, com quem teve a oportunidade de sair do Brasil e conhecer a dança contemporânea internacional. Através de uma bolsa de estudos, foi estudar na Itália e na Alemanha. Isso fortaleceu muito o seu trabalho. Quando retornou ao país, em 1994, conheceu o grupo 1º Ato em um festival, e foi quando se mudou para Belo Horizonte (MG). Tendo pessoas e grupos que são referências muito fortes na sua carreira, como o Balé Stagium, pois adorava seus espetáculos, muito bem construídos. O Cisne Negro também foi uma forte influência. Teve também professores e bailarinos que o ajudaram e que o inspiraram muito. Pina Bausch, também foi um grande encontro na sua vida.
Co-fundador do MOVASSE – Coletivo de Criação em Dança, núcleo que surgiu no cenário da dança contemporânea para agregar pensamentos e praticar ideias sobre o movimento em atividade até a presente data. Co-fundador do Mergulho 747 – Grupo de Estudos em Dança, com o qual realiza ações na área de pesquisas teóricas e estudos sobre a História da Dança. Com projetos voltados para a pesquisa na dança contemporânea é também improvisador, professor de dança. Desenvolveu sua própria oficina intitulada “Estímulo e consciência para o movimento”, direcionada para bailarinos e atores como preparação corporal.
Jonas do Nascimento dos Santos
Fontes:
https://www.otempo.com.br/entretenimento/magazine/em-constante-criacao-1.254545
https://www.bheventos.com.br/evento/10-28-2023-espetaculo-de-danca-rastros-com-carlos-arao
