Naturalidade: Alagoa Nova – PB
Nascimento: 1923 // Falecimento: 2019
Atividade artístico-cultural: escritor e cronista
Atividade exercício-profissional: jornalista e professor.
Obras Literárias: A outra face de Beethoven, O milagre de Anchieta, A Dança do Tempo, O Papa e a mulher nua, Lições de Viver, Viajar é sonhar acordado, Meu Encontro com Kardec e A Falência no Direito Brasileiro.
Títulos e Cargos: membro da Academia Paraibana de Letras (cadeira Nº 27), vice-presidente da Federação Espírita Paraibana, sub-chefe da Casa Civil no Governo de Pedro Gondim, diretor da Rádio Tabajara, membro do Conselho Estadual de Cultura, um dos fundadores da Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB).
Natural de Alagoa Nova, Carlos Romero é escritor e jornalista, além de ser bacharel em Direito, filho de José Augusto Romero e Maria Pia de Luna Freire. Entre os diversos títulos angariados em sua extensa e pródiga experiência de vida, foi o de “cronista do cotidiano” que fez dele um homem feliz. Tendo a crônica como a sua forma literária favorita, um estilo no qual retratava com forte dose de lirismo, humor e sabedoria suas sensíveis observações. Sob um estado de espírito singular e bem-humorado, escreveu em livros e jornais desde 1945. É autor dos seguintes livros e paquetes: “A outra face de Beethoven” e “O milagre de Anchieta”, ambas conferências proferidas na Sociedade de Cultura Musical e na Faculdade de Direito da Paraíba, respectivamente;” A Dança do Tempo” (crônicas);” O Papa e a mulher nua” (crônicas de viagem); “Lições de Viver” (crônicas); “Viajar é sonhar acordado” (crônicas de viagem); “Meu Encontro com Kardec” e “A Falência no Direito Brasileiro”.
Ele foi professor da Universidade Federal da Paraíba, juiz de Direito, vice-presidente da Federação Espírita Paraibana, subchefe da Casa Civil no Governo de Pedro Gondim, diretor da Rádio Tabajara, membro do Conselho Estadual de Cultura, um dos fundadores da Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB) e, também, do Correio das Artes – suplemento literário, do qual foi editor, de A União – e é colunista deste centenário jornal e do Correio da Paraíba, além de membro da Academia Paraibana de Letras, onde ocupa a Cadeira nº 27. Em 2016 lançou o livro “O Evangelho Nosso de Cada Dia” sendo publicado pela editora A União, na Fundação Casa de José Américo (FCJA), na ocasião apresentada pelo próprio filho do autor, o arquiteto Germano Romero. E, na oportunidade, o artista plástico Célio Furtado – que elaborou a arte da capa – também expôs diversas telas, com estilos variados.
O escritor confessou que não houve nenhuma premeditação para lançar a obra. Estas crônicas vieram de forma completamente espontânea, quase mecanicamente. E não esperava, nem planejava, e foi escrevendo e depois, percebeu que eram todas sobre temas do Evangelho. O cronista que ingressou no jornal A União em 1945, quanto ao motivo de lançar o livro incluindo, na programação, uma mostra de pintura, o cronista disse que a ideia foi do seu filho, Germano Romero, que é admirador do trabalho de Célio Furtado. Carlos Romero ainda garantiu que sua obra mantém uma “relação completa” com o Espiritismo, já que o livro é todo baseado na Doutrina Espírita, pois só prega a caridade.
O escritor Carlos Romero, faleceu no dia 6 de janeiro de 2019, aos 95 anos de idade. A Orquestra Sinfônica da Paraíba homenageou o escritor na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, no Espaço Cultural. Em vida foi um grande apreciador da música clássica e da orquestra paraibana, o concerto teve regência do maestro Luiz Carlos Durier e participação, como solista, de Ayrton MuzelBenck, trompetista do Quinteto Brasil e professor de trompete do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba. Da música, Carlos Romero recebeu preciosas recompensas, pelo que fez por ela, desde o empenho para a criação de programas musicais nas rádios locais, ressaltando os seus valores em crônicas irretocáveis, nos apelos aos governantes e gestores administrativos, na presença assídua em concertos e, sobretudo, no esforço pessoal para a que a Paraíba possuísse a sua própria orquestra.
Jonas do Nascimento dos Santos
Fontes: