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Data de publicação do verbete: 04/06/2025

Casa Verde

Casa Verde

Espaço Formativo de Arte e Cultura.

Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos

Localização: Bananeiras-PB                                                

Fundação: 2020              

Idealizadora: Maria Araújo                

Áreas de atuação: Arte urbana, agricultura urbana, educação cultural, sustentabilidade, formação comunitária            

Objetivo: Promover transformação social e ambiental através da arte e da cultura, fortalecendo a identidade local e incentivando práticas sustentáveis

Principais atividades: Oficinas de arte urbana, agroecologia, intervenções artísticas, eventos culturais, formação comunitária      

Público-alvo: Comunidade local, artistas, jovens, agricultores urbanos, ativistas culturais                                                  

Parceiros: Artistas locais, festivais culturais, instituições de ensino e organizações sociais                                                      

Instagram: @casaaverde

A Casa Verde foi fundada em 2020 por Maria Araújo em Bananeiras, um município situado na região do Brejo Paraibano, Paraíba. O espaço surgiu como uma resposta criativa e comunitária aos desafios sociais e ambientais da pandemia de COVID-19. Seu principal objetivo é fomentar a cultura local, a arte urbana e práticas de agricultura urbana, promovendo o desenvolvimento sustentável e a participação social. A Casa Verde é, antes de tudo, um laboratório vivo, onde arte, natureza e comunidade se encontram para transformar o espaço urbano. Desde sua criação, o espaço oferece oficinas de arte urbana, que incluem grafite, pintura mural e outras técnicas de street art. Essas oficinas são voltadas para jovens e adultos da comunidade, que encontram na arte uma forma de expressão e valorização da identidade local. 

Além da arte, a Casa Verde promove oficinas de agroecologia, incentivando o cultivo de alimentos orgânicos em espaços urbanos. A prática da agricultura urbana visa fortalecer a segurança alimentar e o contato das pessoas com a natureza, mesmo em ambientes urbanos. A Casa Verde também atua como espaço de formação cultural, onde são realizados ciclos de palestras, debates e cursos sobre sustentabilidade e cultura. O projeto da Casa Verde está alinhado com princípios de educação popular, valorizando o conhecimento local e a participação ativa da comunidade. Em sua estrutura, a Casa Verde conta com um espaço aberto para intervenções artísticas, jardins para cultivo de hortaliças e um ateliê para produção cultural. O espaço é aberto e acolhedor, buscando integrar moradores, artistas, agricultores e demais interessados em colaborar para a transformação local.

A iniciativa da Casa Verde se destaca por articular arte e meio ambiente como instrumentos para a mudança social. Maria Araújo, idealizadora do projeto, é uma advogada e ativista cultural que utiliza a Casa Verde como uma ferramenta de transformação comunitária. A pandemia de COVID-19 foi o estopim para a criação da Casa Verde, já que muitos espaços culturais estavam fechados e a sociedade enfrentava isolamento. A Casa Verde surgiu como um refúgio criativo, onde as pessoas podiam aprender, expressar-se e se conectar com a natureza. Desde sua fundação, o espaço já recebeu diversos artistas locais e visitantes interessados em colaborar com a revitalização cultural da cidade. Durante o I Festival de Cinema de Bananeiras, a Casa Verde sediou uma oficina de arte urbana ministrada pelo artista Alex Souto.

Essa oficina resultou em uma intervenção no muro principal do espaço, trazendo cor e vida ao ambiente e motivando outras ações similares na cidade. A Casa Verde tem o compromisso de resgatar e preservar as tradições culturais da região do Brejo Paraibano, integrando-as às práticas contemporâneas. Por meio da arte urbana, o espaço contribui para a valorização da memória coletiva e da história local, tornando o espaço público mais atrativo. A agricultura urbana promovida na Casa Verde também é uma forma de reconectar as pessoas com a terra e os ciclos naturais, tão distantes da vida urbana moderna. Os hortos e jardins cultivados no espaço são exemplos práticos de como é possível produzir alimento de forma sustentável e comunitária. A Casa Verde também realiza eventos culturais, como saraus, exposições e rodas de conversa, que fortalecem os laços comunitários.

A ideia é que o espaço funcione como um polo cultural aberto, acessível e participativo, onde todos se sintam convidados a contribuir. O envolvimento de jovens nas atividades da Casa Verde é uma prioridade, já que se acredita no potencial transformador da educação cultural para esse público. Oficinas de arte urbana também funcionam como um meio de prevenção social, oferecendo alternativas criativas e positivas para os jovens. A Casa Verde tem parceria com outras instituições culturais e educacionais da região, buscando ampliar seu alcance e impacto. O espaço ainda promove debates sobre meio ambiente, cidadania e políticas públicas culturais, contribuindo para a formação crítica dos participantes. A Casa Verde é um exemplo inspirador de como iniciativas locais podem ser agentes de transformação social, cultural e ambiental.

A experiência do espaço tem servido como referência para outras comunidades que buscam soluções criativas para problemas urbanos. A comunidade de Bananeiras tem abraçado o projeto, participando ativamente das atividades e apoiando a manutenção do espaço. A Casa Verde também estimula o empreendedorismo cultural, ajudando artistas e produtores locais a fortalecer seus trabalhos. A arte produzida e difundida no espaço dialoga com questões sociais relevantes, como identidade, resistência e sustentabilidade. O espaço propicia o intercâmbio de conhecimentos entre gerações, valorizando saberes tradicionais e técnicas contemporâneas. 

O engajamento ambiental da Casa Verde é constante, promovendo ações de limpeza, plantio e cuidado com o meio ambiente urbano. A Casa Verde também funciona como um ponto de referência para turistas que visitam Bananeiras e desejam conhecer a cultura local. A gestão do espaço é colaborativa, envolvendo voluntários, artistas e membros da comunidade em decisões e ações. Apesar dos desafios financeiros e estruturais, a Casa Verde tem resistido e se consolidado graças ao apoio comunitário e parcerias. A Casa Verde representa a força da cultura popular paraibana e o poder da arte como ferramenta de transformação social e ambiental.

Fontes:

https://www.brasildefato.com.br/colunista/trilhando-arte/2023/11/14/a-casa-verde-uma-iniciativa-para-colorir-a-cidade-de-bananeiras/

https://www.instagram.com/casaaverde/

 

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