Naturalidade: Catolé do Rocha – PB
Nascimento: 23 de outubro de 1924 / Falecimento: 5 de junho de 2011
Atividades artístico-culturais: Poeta, violeiro, repentista e cordelista.
Livros: Veredas Nordestinas (1987), Trovas… Etc. e Contos (1994), Violas e Cantadores (2002), A Saga de um Bandoleiro no Oeste Potiguar: A trajetória de Lampião quando do ataque à cidade de Mossoró em 1927 (2010).
Cordéis: O Lamentável Desastre Rodoviário Ocorrido em Currais Novos (1974), Homenagem ao Deputado Vivaldo Costa: o Líder do Seridó (1978), A Seca do Nordeste (1980/2002), O Sofrimento do Jumento (1980), Homenagem a Frei Damião: o Santo do Nordeste (1980), Por Que Deixei de Beber (1980), As Consequências do Fumo (sd), Em Prol da Candidatura de Djalma Mota (2008).
Discografia: Cantiga Sertaneja: volume 1 (1999), Cantiga Sertaneja: volume 2 (2000), Cantigas da Nossa Terra, com o poeta Antônio Silva (2002), Pelos Campos do Repente, com o poeta Antônio Silva (2003) Chico Motta e Suas Canções (2006).
Premiações: Comenda de Honra ao Mérito Vila do Príncipe, concedida pela Câmara de Caicó (RN), em julho de 2007.
Francisco Fernandes da Mota, mais conhecido como Chico Mota foi um paraibano que se tornou célebre no Seridó do Rio Grande do Norte, especialmente na cidade de Caicó, onde viveu a maior parte de sua vida. Era filho de Henrique Ferreira da Motta e Maria Elvira Fernandes.
Passou a infância e a adolescência na cidade de Brejo do Cruz, na Paraíba. Aos 10 anos começou a trabalhar na agricultura. Em 1949, deu início a sua trajetória como violeiro no Sitio Bom Jesus, no município de Augusto Severo (RN). No ano de 1955, na cidade de São Bento (PB), casou-se com Hermínia Joaquina Alves, com quem teve 10 filhos e viveu até o dia de seu falecimento. Até 1963 morou na zona rural.
Em 1º de maio de 1963, criou juntamente com o violeiro-repentista José Soares Sobrinho, o programa de rádio Violeiros do Seridó. Todos os dias pela manhã pegava sua viola e divulgava a cultura popular fazendo versos de improviso e cantando canções na Emissora de Educação Rural de Caicó. Formou em conjunto com o também violeiro e poeta Cícero Nascimento uma das duplas mais famosas do rádio norte-rio-grandense. Esteve à frente do programa durante 48 anos.
Na sua carreira como poeta foi autor de vários cordéis. Publicou 4 livros, gravou 5 CDs, sendo 4 em parceria com outros cantadores. Em 2005, foi protagonista do documentário “O lugar da Morte de Jesuíno Brilhante”, de autoria do médico psiquiatra Epitácio de Andrade Filho. Chico Mota ocupou a cadeira número 9 do Clube dos Trovadores do Seridó (CTS). Na Academia de Trovas do Rio Grande do Norte (ATRM), era ocupante da cadeira número 38.
Em 2010, aos 86 anos de idade, em Caicó (RN), cometeu suicídio, em decorrência de um estado depressivo. A repercussão de seu falecimento foi sentida na homenagem prestada pela Rádio Rural. No horário matutino, em que ele costumava cantar diariamente, violeiros compuseram versos com o mote “A viola nordestina / Mais uma vez enlutada”. Na missa de seu sepultamento, vários colegas poetas o entoaram em temas de sete linhas.
Chico Mota deixou um grande legado para a poesia popular. Sua obra compõe livros, CDs, cordéis e uma imensa quantidade de manuscritos não publicados. Além das incalculáveis cantorias realizadas em todo o Nordeste e no rádio, participou de centenas de festivais de poetas repentistas. Também realizou muitos desses encontros de cantadores nordestinos. O repentista dá nome a Casa da Cultura e a Biblioteca de Caicó.
Fontes:
http://glaucialima.com/historia-de-chico-mota-sera-destque-nas
http://marcosdantas.com/biblioteca-industria-conhecimento-se-chamara-poeta-chico-mota
http://josemariodantas.blogspot.com.br/2011/05/prata-da-casa-da-poesiafrancisco
http://epitacioandradefilho.blogspot.com.br/2012/09/chico-mota
http://www.robsonpiresxerife.com/notas/violeiro-chico-mota-morre-aos-86-anos
http://romulogondim.com.br/chico-mota-o-menestrel-dos-violeiros
http://oserido.blogspot.com.br/2011/06/morre-o-poeta-cordelista-chico-mota
http://violadechicomota.blogspot.com.br/p/obras