Data de criação: 27 de março de 1994
Local: Guarabira – PB
Instagram: https://instagram.com/ciacenicatorredepapel
Facebook: https://www.facebook.com/ciacenicatorredepapel.blogspot.com.br/
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Em 1994 os atores Moacir Nunes e Nana Rodrigues decidiram planejar uma oficina de teatro realizada no Teatro Geraldo Alverga, ao se reunir com outros artistas, como Marcelo Félix, Marcílio Vital e Vera Grangeiro. Juntos, eles decidiram criar a Cia. Cênica Torre de Papel, tendo o objetivo de levar a todos o encanto dos melhores textos de sua dramaturgia. No ano seguinte, ocorreu a estreia da primeira montagem do grupo chamada “Os Saltimbancos”, que teve a apresentação no Teatro Santa Roza na cidade de João Pessoa, no Festival Nacional de Arte no Espaço Cultural José Lins do Rego, e no Festival Internacional de Teatro de Rua na cidade de Angra dos Reis no Rio de Janeiro, seguindo em uma turnê que foi até Viçosa em Minas Gerais e Santana, na Bahia.
A partir de uma pesquisa cênica em 1998, iniciaram a elaboração de uma nova obra cênica sobre a história política, cultural e social do Brasil, que foi o espetáculo “Quebrou o Pau Brasil”, que participou do Festival de Teatro do Brejo, onde concorreu há 10 prêmios e recebeu cinco, sendo o de melhor atriz coadjuvante, ator revelação, melhor figurino, primeiro lugar no júri popular e segundo lugar no júri oficial. Diante deste sucesso, foi realizada uma apresentação que bateu recorde de público na Universidade Estadual da Paraíba- UEPB, em Guarabira. O espetáculo ganhou notoriedade internacional e fez uma turnê na Europa nos países da Alemanha, Áustria e Suíça em 2000. Ganhou tradução em alemão, tendo adaptação nos palcos europeus com o nome de “Zucker, Gold und Rotes Holz” que significa “Açúcar, Ouro e Madeira Vermelha”. A alusão aos 500 anos de história do Brasil apresentou-se em cerca de 16 cidades.
A Cia Cênica Torre de Papel iniciou uma parceria com a Fundação CUCA (Centro Unificado de Capacitação e Arte) que promove projetos culturais de educação popular. Em 2006, ocorreu o espetáculo “Boi de Reis Bumba Meu Boi Bumbá”, que enfatizava um resgate da memória cultural local do reisado, dos folguedos e das lapinhas, e ganhou como melhor espetáculo de cultura popular local. Dessa forma, mantendo parcerias com instituições públicas e privadas, investiram na expansão de atividades de formação em artes. Foram realizadas oficinas de teatro, cenografia, figurino, artes visuais e música.
Em 2013, foram convidados pela administração do Município de Alagoinha, na Paraíba , para implantar um núcleo de atividades teatrais no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social). A equipe desenvolveu produções cênicas populares através dos espetáculos natalinos de “Noite Feliz”, “A Noite do Divino” e “A Paixão de Cristo”. Durante essas oficinas, foram descobertos jovens novos talentos que integraram a montagem da Cia Cênica Torre de Papel. Após o desenvolvimento do espetáculo “A Revolta dos Brinquedos”, que participou do Festival Satyrianas em São Paulo, gradualmente ocorreu investimento e pesquisa na área de audiovisual para se integrar junto ao teatro. Em 2017, a dramaturga Nana Rodrigues recebe o prêmio de melhor texto infantil no 14º Festival Nacional de Teatro de Duque de Caxias (Rio de Janeiro) pelo espetáculo “Gato Malhado e Andorinha Sinhá”.
No ano de 2021, foi realizada a primeira apresentação virtual pelo projeto Teatro em Casa, da prefeitura municipal de Guarabira. Diante da tamanha crise sanitária, ocorreu uma abrupta parada de atividades econômicas no setor cultural, o que fez com que a Cia Cênica Torre de Papel retomasse os trabalhos de forma remota. Desta maneira, surgiu mais imersão no universo virtual, resultando em leituras do texto, atividades de corpo, atividades de canto e composição tanto do personagem quanto o estudo da cena, unindo o teatro a esta nova linguagem online, buscando também uma maior capacitação nas oficinas de audiovisuais.
A primeira produção de cenas gravadas intitulada “São Saruê”, integrará o 1° Festival de Cenas Curtas Online, promovido pela Escola Livre de Teatro, da cidade de Campinas, em São Paulo, competindo nas categorias de melhor ator, melhor direção, melhor cena e melhor cena criativa, além do espetáculo musical infanto-juvenil “O Sonho de Sofia”, que aborda as questões de conscientização sobre a preservação do meio ambiente e resgaste dos mitos e lendas brasileiras, como o Curupira.
Azoka Gouveia Filho
Fonte:
Entrevista com Marcelo Félix feita por Azoka Gouveia Filho
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