Pesquisa e texto: Jonas do Nascimento dos Santos
Naturalidade: Campina Grande-PB
Atividade artístico-cultural: escritora e ativista cultural
Formação Acadêmica: Gestão em Turismo e Letras na Uninter
Premiações: Edital Maria Pimentel na PB (2021); melhor obra de ficção em Portugal no prêmio Ases da literatura (2022)
Publicações: CACTUS: Poesias, sentimentos e emoções (2020); Nobelina (2021); Todas Em Mim (2022); Eu, Inútil (2022)
Cargos Acadêmicos e Literários: Membro da UBE-PB (União Brasileira de Escritores da Paraíba) e da ALC-PB (Academia de Letras de Campina Grande)
Facebook: https://www.facebook.com/cibelel4urentino/
Instagram: @cibelelaurentino
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UC84czpvBnafXu4otZf01PmA/videos?view=0
Cibele Laurentino nasceu em Campina Grande, Paraíba, mas reside em Conde, no mesmo estado, onde vive com sua família, na Praia de Tabatinga. Filha do saudoso Zé Laurentino, poeta e escritor, cresceu no berço da cultura e viu seu gosto pela leitura e escrita começar na infância, no convívio com poetas populares, cordelistas, cantadores de viola e emboladores de coco. Formada em Gestão em Turismo, atua na área e se dedica à literatura: estudante de Letras na Uninter, escrita criativa, curadora do prêmio Book Brasil 2021, é a idealizadora do projeto “Conversando com Escritoras”. Seu primeiro livro publicado “Cactus: poesias, sentimentos e emoções” é composto por mais de cem poemas, com alguns pensamentos extremamente poéticos, retratando emoções, em forma de versos. Onde o leitor irá se encontrar com memórias e situações semelhantes, mexendo com a emoção sem pedir licença. Sua poesia sem rima, sem métrica, sem ordem, rende totalmente o seu eu. Sua segunda publicação “Nobelina” foi seu primeiro romance que conta a história de uma nordestina, natural de uma cidade pequena no interior da Paraíba. Curiosa, inteligente, visionária, desbravadora, justiceira, sensual, feminina e feminista também são características atribuídas pela autora à personagem.
Para Cibele, a vontade de estudar de Nobelina faz a diferença em um ambiente em que as mulheres eram vistas apenas como figuras reprodutoras, envolvidas nas atividades do lar e na criação dos filhos. Na contramão da educação que recebia, Nobelina passou a estudar escondida. Por isso, a personagem representa o levantar de uma bandeira de resistência ao machismo. Nobelina se destacou por sua proposta regionalista premiada em 2021 pelo Edital Maria Pimentel na PB.
“Todas Em Mim” livro de contos, lançado em 2022, sendo traduzido e comercializado em espanhol no ano de 2023 pelo grupo editorial Caravana, livro que traz reflexões profundas sobre empoderamento, patriarcado, feminilidade, depressão e gênero; assuntos tão pertinentes para a sociedade e para as mulheres. As 26 histórias de personagens fictícias representadas em “Todas Em Mim” mostram por meio de suas dores o quanto a sociedade é conivente com as agressões sofridas por mulheres diariamente. Uma dura realidade que expõe as forças e fraquezas de mulheres que, em busca do amor verdadeiro, entregaram suas vidas nas mãos de homens manipuladores e abusivos.
“Eu, Inútil” é a quarta obra de Cibele Laurentino, um romance de formação que traça a jornada de uma mulher que deseja ser amada por uma mãe narcisista. A obra concorreu à 7º edição do Prêmio Kindle de Literatura, promovido pela Amazon e pelo Grupo Editorial Record. Sua narrativa se concentra na relação entre o par de protagonista-antagonista, respectivamente Madalena (filha) e Helena (mãe), mas também aborda a perspectiva de gênero e classe de personagens secundárias, como a funcionária Dolores e Marina, madrasta da protagonista. Sobre seus processos de escrita, Laurentino explica que desenvolve seus textos de forma rápida e dolorosa, onde assume o papel dos seus personagens, sofrendo ou se alegrando com eles. As referências da autora passeiam entre escritoras mulheres, como Adélia Prado e Clarice Lispector, assim como os escritores Valter Hugo Mãe, Mia Couto, Joaquim Manoel de Macedo e Ariano Suassuna. No entanto, ela reforça que o legado de ser filha de um escritor nem sempre foi positivo, pois sentia vergonha de mostrar seus textos, por se comparar com seu pai, que tinha versos extremamente rimados e metrificados, enquanto suas poesias sempre fluiam de forma em versos livres.
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