Fundação: 2018
Coordenação: Luciana Maria Ribeiro de Oliveira – Professora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal da Paraíba (DCS/UFPB) e Professora Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA/UFPB).
Vice-Coordenação: Pedro Francisco Guedes do Nascimento – Professor associado ao Departamento de Ciências Sociais (Campus IV) e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia pela Universidade da Paraíba.
Instagram: https://www.instagram.com/p/CTe_8-wrRah/
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCmOUAHshMjcRHsGSukcj1PA
O projeto
O projeto de extensão Cine Trava: identidades travestis e novas linguagens surgiu no ano de 2018. A bolsista Chloe conta que a iniciativa deu-se como uma plataforma de apoio, resistência, de forma que trilhasse novos caminhos afastada da marginalidade que é imposta para as travestis, pessoas trans e a comunidade LGBTQI. Com isso, o projeto já vai no seu quarto ano conquistando mais espaço e possibilitando um lugar em que esses corpos sejam ouvidos.
A equipe
A formação do projeto é organizada por pessoas trans e travestis de diversas áreas da UFPB, além de pessoas cisgêneras que são aliadas à causa. A coordenadora da extensão, chamada Luciana Ribeiro, é do curso de Antropologia e é da cidade de Rio Tinto – PB. Há também o contato com alguns parceiros de dentro da Universidade, como outros projetos de extensão para agregar na produção de conhecimento científico sobre os corpos trans e travestis dentro do âmbito acadêmico, quanto a vivência de fora dos muros.
Busca e organização de pautas
A pesquisa e a organização de pauta são resolvidas em conjunto nas reuniões que ocorrem quinzenalmente e a entrevistada informa que são fundamentadas em performances, estudos antropológicos sobre o corpo e sociedade e outros conhecimentos que são associados a áreas que possam trazer a temática para o projeto. Por fim, a bolsista Chloe informa: “Não é que a gente reforce trazer esse conteúdo com as pessoas trans e travestis, é que essa plataforma foi criada para isso”.
Ela também relata que dentro do projeto, apenas uma bolsa é ofertada para o grupo que compõe a iniciativa, sendo assim possuem como principal critério atender àquelas que são travestis, pretas e marginalizadas pela sociedade.
Sobre a questão do engajamento, a entrevistada conta que o Cine Trava, possui a gestão com lives, o próprio grupo é quem faz a gestão das mídias sociais e a partir disso promovem lives e performances. A convidada revela que no final do ano de 2020, conseguiram produzir a edição de um evento semipresencial, chamado Geranua.
“A gente vai buscando dentro das nossas limitações, somos para além de estudantes, extensionistas, somos pessoas pretas, travestis que trabalham que tem que dar duro para estar viva, para estar correndo dentro da Universidade”, relata Chloe.
Jaqueline Rodrigues
Fonte: Entrevista realizada por Jaqueline Rodrigues com a bolsista Chloe.
Imagens: @cine_trava