Coco de roda e ciranda Mestre Benedito

Município: Cabedelo – PB

Ano de fundação: Oficializado em 1976

Fundador: Mestre Benedito

Facebook: https://www.facebook.com/benedito.coco

História:

O coco de roda é uma dança de história centenária, é parte importante de cultura do nordeste brasileiro, sendo considerado patrimônio cultural imaterial, apesar desta expressão cultural estar presente majoritariamente nas regiões litorâneas, acredita-se que ela teve início no interior, mais especificamente em quilombos, sendo fruto da junção de cultura negra e dos povos indígenas. Conta-se que o nome “coco de roda” vem da atividade de bater o coco para a quebra e retirada da amêndoa, das batidas ritmadas no ato de quebrar o endocarpo duro, unida as cantigas tradicionais, nasceu este patrimônio cultural brasileiro.

Por ser oriunda de grupos historicamente marginalizados, esta cultura popular foi por anos negligenciada e mantida longe dos holofotes, ficando restringida aos limites das comunidades de descendentes dos indígenas e dos afro-brasileiros. No entanto, o coco de roda conseguiu resistir até os dias atuais, contando com pessoas que tentam reviver e disseminar esta fascinante representação artístico-cultural do nordeste do país.

Na cidade de Cabedelo, há um grupo de coco de roda fundado pelo José Benedito da Silva Filho, o mestre Benedito, que foi oficializado em 1976, mas o início das atividades é datado desde os anos 50 no bairro do Monte Castelo, atualmente o grupo é batizado com o nome do seu fundador, sendo comandado por sua filha, a célebre Terezinha da Silva Carneiro, a dona Teca do coco, conhecida por todos os cabedelenses. Dona Teca perpetua a cultura cabedelense através da música e da dança, ela dar voz ao ritmo popular, a cantiga “em Cabedelo tem uma cobra”, interpretada por ela, faz parte da identidade da cidade.

Hoje em dia, o grupo segue fazendo apresentações, em especial em eventos organizados no município, dona Teca sempre é convidada para falar sobre a cultura do coco de roda, em algumas ocasiões sendo a principal homenageada. Em 2009, ela foi uma dos contemplados pela Lei Canhoto da Paraíba, recebendo o título de Registro Mestre das Artes na categoria de puxadora de coco de ciranda.

A valorização do coco de roda é de extrema importância para que haja a perpetuação desta cultura, mantendo viva a história do nordeste brasileiro, fortalecendo a identidade regional através das manifestações culturais populares. Apresentações regulares em eventos organizados pela gestão pública é uma forma de prestigiar e cultivar nas novas gerações o sentimento de pertencimento regional, além de alçar a bandeira do estado da Paraíba para a visibilidade outras estados.]

Fontes:

http://averdade.org.br/2012/04/coco-de-roda-origem-e-resistencia/

http://cabedelo.pb.gov.br/portalturismo/manifestacoes_populares.asp

http://professortadeupatricio.blogspot.com/2013/07/teca-do-coco-de-cabedelo-foi.html

Eli Soares