Data de Fundação: 2019
Fundadores: Bruno Constantino e Rute Prazim
Objetivo: Fazer arte num contexto histórico, com postura de guerrilha e vigilância, discutindo e lutando contra: os desmontes sistemáticos dos equipamentos culturais, a desvalorização dos fazedores de cultura, a violência contra as minorias, entre outras lutas.
Instagram: @coletivoportaadentro
E-mail: coletivoportaadentro@gmail.com
Contato: (83) 9.9180 – 3795
O Coletivo Porta Adentro é formado por artistas independentes que buscam pensar e experimentar fazeres artísticos nas artes cênicas, destacando contextos históricos e lutas sociais. Formado em 2019, pelo graduandos em Teatro na UFPB Bruno Constantino e Rute Prazim, eles almejam não só fomentar a cultura paraibana com apresentações que provoquem reflexões e mudanças, mas ainda criar um espaço para que atores fora da cena cultural também possam brilhar.
No mesmo ano de sua formação, o coletivo estreou com ‘Trama’, peça apresentada no evento Enearte Parahyba. A performance tratava sobre o “apaixonar-se”, retratando personagens que se viam presos em suas próprias paixões e relacionamentos, como num nó difícil de se desatar. Após o sucesso da obra, em 2020, com palcos e teatros fechados em meio a pandemia, eles se ressignificaram e surgiram com um novo projeto: ‘Lives Interartes’, entre abril e maio. O evento contou com a presença de mais de 10 artistas paraibanos, que performaram e discutiram sobre os seus fazeres artísticos e os impactos do início da covid-19.
Após isso, entre junho e agosto, eles realizaram o ‘Festival Porta Adentro’ unido ao Interartes (evento acadêmico do Departamento de Artes Cênicas – UFPB) – um encontro on-line a nível nacional, que abrangeu artistas de áreas artísticas diversificadas.
Um pouco mais tarde no mesmo ano, com o lançamento da Lei Aldir Blanc da Secretaria de Cultura do Estado da Paraíba, foi criado “Cada Cabeça é um Mundo”. Premiado pelo edital Fernanda Benvenutty, esse experimento cênico marca o encontro de dois mundos, duas pessoas em circunstâncias semelhantes, mas visões e reações diferentes. Em meio a conflitos e compreensões, os personagens pouco a pouco vão se revelando um ao outro, se perdendo no universo do (des)conhecer-se.
Em 2021, com o auxílio emergencial aos artistas, lançado pela Funjope, o Porta Adentro criou o Sarau Buliçoso, com o intuito de promover um evento plural em que as figuras desse meio artístico pudessem se unir a eles e se apresentar de forma remota. Ao todo foram 10 artistas de João Pessoa, tanto da Dança, Música, Teatro e muitas outras áreas. Ao final do ano, eles realizaram também a performance “Modus Vivendi”, uma obra premiada pelo edital Corrinha Mendes, da Secult-PB, marcada por conexões e metamorfoses humanas.
No ano seguinte, houve a segunda edição do sarau, agora premiado pelo edital Mãe Edith de Iansã da Funjope. O evento aconteceu virtualmente com direito a live marcada para o Dia do Livro, feita para a campanha de arrecadação de livros em parceria com o Ponto de Cultura Maracastelo, para ajudar na criação da “Biblioteca da Diversidade” de sua nova sede. Ainda em 2022, junto a organização Lampiarte, eles organizaram o Festival “Bróduei Nordestina”. Inspirado nos grandes sucessos musicais da Avenida Broadway, em Nova York, o espetáculo foi produzido por artistas e coletivos da capital paraibana, especialmente estudantes de Teatro da UFPB.
Por fim, suas produções mais recentes foram os espetáculos “A Concha e a Sopeira” e “A Ver Só”, ambos de 2023, que como de costume trazem reflexões que cutucam e interpretações que comovem. O Coletivo Porta Adentro segue com as suas atividades, num “impor-se” artístico-social, conversando com a pluralidade das artes cênicas e suas possibilidades de expressão nesse meio, dando sempre abertura para novas perspectivas e formas de fazer arte.
Laura Moura com assessoria