Conjunto de Baile Ogírio Cavalcanti

Município: Campina Grande – PB

Ano de fundação: 1960

Fundador: Ogírio Cavalcanti

O Conjunto de Baile Ogírio Cavalcanti embalou grandes festas realizadas em Campina Grande e em todo o Nordeste durante as décadas de 1960 a 1990, marcando pela musicalidade e ritmo diferenciado. O nome do grupo foi dado em homenagem ao seu fundador que em parceria com outros talentosos músicos formou a banda do gênero de maior sucesso da época.

Ogírio foi acometido por um glaucoma durante a infância, perdendo quase totalmente a visão. O artista superou as dificuldades e aprendeu a tocar piano, acordeon e contrabaixo, tendo exercido essa última atividade por muitos anos, no grupo musical que recebeu o seu nome. Além dele, a banda teve em sua formação original os músicos Zuca, na bateria; os percussionistas Valdemar e Escurinho; Erasmo Tenório, tocando contrabaixo acústico; Neno e os cantores Ronaldo Soares e Silvinha de Alencar.

O grande sucesso do conjunto de baile aconteceu por conta do diferencial no repertório, que ia desde o forró até a música internacional, além do notório talento e profissionalismo dos integrantes. Destacando-se entre os demais da época, o grupo chegou a ser comparado às Big Bands norte-americanas, por suas performances e apresentações próprias.

Com a saída de Ogírio, seu irmão Gabmar Cavalcanti, com apenas 17 anos de idade, assume o posto de pianista do grupo, começando sua trajetória musical com a cantora Kátia Virgínia, que tinha 18 anos quando entrou no conjunto. Gabmar, que era cego, superou a deficiência visual e aprendeu sozinho a tocar mais de um instrumento.

A talentosa dupla casou-se alguns anos depois, fazendo da musicalidade o tempero do matrimônio. Outros componentes da segunda formação foram os músicos Sérgio, tocando sax; Kléber, no vocal e guitarra; Lula na pandeirola; Arlindo do Piston, no trompete e Giovani tocando bateria.

Gabmar, falou em entrevista sobre as características marcantes da banda de baile. “Bem, de igual mesmo aos outros conjuntos da época, talvez, só mesmo, os instrumentos utilizados. Pois a sua maneira de tocar, os seus arranjos, e, principalmente, o seu repertório, que era de excelente qualidade, foram os fatores preponderantes que, sem dúvida alguma, o diferenciava dos demais”, contou o artista, que faleceu em 2016.

O Conjunto de Baile Ogírio Cavalcanti manteve-se profissionalmente por 30 anos e encerrou suas atividades no início da década de 1990. O grupo deixou muita saudade em uma legião de fãs por todo o Nordeste, se eternizando como parte integrante do cenário cultural da região.

Fontes:

https://m.facebook.com/194441004069069/photos/a.287860974727071.1073741840.194441004069069/287861154727053/?type=3&source=54&ref=page_internal

http://www.ritmomelodia.mus.br/2006/06/01/gabmar-cavalcanti-e-katia-virginia-2/

http://cgretalhos.blogspot.com.br/2016/05/memoria-fotografica-o-grupo-ogirio.html#.WD2GMbIrKu4