O maior conteúdo digital de cultura regional do Brasil
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 21/02/2024

Doce Escárnio

Banda de Rock Psicodélico.
Data de publicação: fevereiro 21, 2024

Ano de criação: 2021

Local de origem: João Pessoa – PB

Gênero: Passeiam por diversos estilos, sendo uma banda mais experimental

Integrantes:  Alan Martins (Voz & guitarra); Pedro Neto (Bateria); Sofia Lara (Baixo)

Instagram: @doce_escarnio

Composta por Alan Martins, Pedro Neto e Sofia Lara, a banda “Doce Escárnio” começou com a ideia de se fazer músicas em um estilo mais psicodélico, muito por causa de suas composições e pela influência de artistas como Beatles e Pink Floyd. Porém, depois de dialogarem e perceberem as influências que cada um tinha, como metal, hip-hop e rock, começaram a fazer músicas mais experimentais, e que englobasse a diversidade de todos, o que gerou muita riqueza e originalidade pro grupo. Alan aponta que a chegada de Sofia uniu os gêneros que antes eram tão distintos.

Formada em 2021, a banda era antes composta por outra baixista, mas, por meio de uma apresentação na escola de Sofia, na qual Alan foi convidado para tocar, eles trocaram contato e ao longo do tempo isso se transformou em uma amizade. E foi em 2022, com a saída da baixista, que Sofia entrou para a banda. Já Alan e Pedro se conheceram em 2018, através da banda da própria escola onde estudavam. 

E desde então eles se apresentaram em vários lugares por João Pessoa, como a General Store, Centrô, Pôr do Som e Caravela. Fizeram covers e compuseram músicas como Descerebração, Não respire esse ar, Caleidoscópio Mágico, e Amélia (que na verdade é um nome mais fácil para  O Maravilhoso Arco-íris da Amália e Seus Amigos), sendo muitas delas compostas pelo guitarrista e vocalista, Alan Martins. Já uma música que chama muito a atenção e mostra o enorme talento e criatividade da banda é a Pontos Abertos por Fios Cirúrgicos part.2, a qual tem noventa por cento de sua letra improvisada a cada apresentação. Um dos maiores planos para a banda agora é gravar seu primeiro EP, o qual terá 4 faixas, e que promete algo muito novo e diferente e que poucas pessoas estarão preparadas para ouvir. 

Pedro Neto, o baterista, conta que começou a tocar quando tinha 13 anos e a porta de entrada para ele foi a bateria, que por insistência do pai, fez com que ele tivesse contato com a música. Já mais velho, na pandemia, aprendeu a tocar violão sozinho e sua evolução na música veio da vontade de compor, dessa curiosidade para fazer algo novo. Sofia declarou que entrou na banda com apenas uma semana de estudo de baixo, mas já tocava violão e guitarra desde 2019.  Alan nunca fez aula de música, começou a tocar violão na pandemia e em 2021 comprou sua primeira guitarra, aprendendo vendo cifras e praticando de ouvido. 

Um desafio que eles encontram como banda alternativa na Paraíba é a diferença que o estilo da banda tem com a população, que consome mais uma música regional, o que diminui o espaço e a divulgação de bandas com um estilo que foge desses padrões, deixando elas apenas em uma espécie de bolha que só alcança um pequeno grupo de pessoas. Entretanto, com o apoio de amigos que estão no mesmo meio musical, eles se sentem mais acolhidos e com vontade de continuar. 

“Tem um lado muito bom aqui, que é a valorização da música regional, ao mesmo tempo que fica muito nisso e as pessoas não se abrem para outras coisas. Então faltam oportunidades para quem faz uma coisa diferente”, declara Sofia. 

A Doce Escárnio, com integrantes entre 17 e 18 anos, termina dizendo que um de seus objetivos é ser uma inspiração para outras pessoas e uma referência de banda psicodélica para outros jovens como eles. Também desejam ser mais performáticos em suas apresentações, que são baseadas em conceitos criados por eles para colocar em prática suas ideias, tornando tudo mais imersivo e uma experiência única para quem os assiste.                                                

‘Eu só quero fazer alguma coisa diferente, fazer o que eu gosto e ser livre. Não quero ter nenhuma barreira. Quero tocar o que eu quero, da forma que eu quero e a galera que compre”, finalizou Pedro. 

Ana Cecília

Fonte: 

Entrevista com a banda “Doce Escárnio” cedida à Ana Cecília no dia 17/02/2024 

Fotos: Kenidy Santana

Uma resposta

  1. É isso mesmo!
    Respeitar e entender a importância da cultura regional, mas não abrir mão da verve artística pessoal, e compartilhar, vivenciar em suas diversas formas.
    Amei a turminha!
    Mostram maturidade e desenvolvimento; necessários a quem tem perfil alternativo, inclusive.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *