Naturalidade: Taperóa – PB.
Nascimento: 12 de setembro de 1932 / Falecimento: 12 de abril de 2013
Formação acadêmica: Direito – 1957 (UFPB).
Atividade artístico – cultural: Escritor.
Atividades exercício – profissional: Político, jornalista e advogado.
Principais publicações: “Noções preliminares de Direito Agrário”(1982), “Gente de ontem, histórias de sempre”(1991), “Paraíba de ontem, evocações de hoje”(1999) e “Taperoá – Crônica para a sua história”(2002).
Dorgival Terceiro Neto é filho de Melquíades Vilar e Eliza Vilar, o promissor escritor começou seus estudos aos 12 anos, no Ginásio Diocesano, em Patos, no Sertão da Paraíba. No ano de 1950, seguiu para a cidade de João Pessoa, capital paraibana onde concluiu o ensino médio no Liceu Paraibano. Logo em seguida, Dorgival presta vestibular para o curso de Direito, sendo aprovado pela Faculdade de Direito da Paraíba, atualmente Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Na capital paraibana Dorgival escreveu os capítulos mais marcantes de sua vida e atuação literária. Seu caráter e personalidade sempre foram referência para os amigos mais próximos.
Profissionalmente ele iniciou no Departamento de Estradas de Rodagem (DER), e posteriormente passou a trabalhar no Tribunal de Justiça da Paraíba (TRT). Dorgival foi um dos incentivadores da federalização da faculdade local e ainda exerceu as funções de assessor do Conselho Estadual do Desenvolvimento. Foi diretor de crédito de fomento do Banco do Estado da Paraíba (PARAIBAN), procurador do Estado da Paraíba e, por fim, professor de Direito Civil e de Direito Agrário da UFPB. Na década de 1950 passou a trabalhar no Jornal “A União”, atuando como redator-chefe, secretário e diretor eventual. Permaneceu no jornal até 1963.
A cidade de João Pessoa acolheu o jovem e o preparou para administrá-la posteriormente. Sua carreira na política teve início no ano de 1971, quando foi nomeado prefeito de João Pessoa por Ernâni Sátiro, cargo que exerceu até 1974.
Durante a sua administração Dorgival presenteou a cidade com o seu primeiro Plano Diretor. Fez seu cadastro imobiliário e instalou um Centro de Processamento de Dados, na época não se falava em computador. Os servidores municipais passaram a receber salário mínimo como piso. Começou a pagar a previdência impreterivelmente em dia. E o Fundo de Garantia, também passou a ser pago no município.
Quando ainda não se falava em mobilidade urbana, ele abriu a Avenida Pedro II, ligando-a ao Castelo Branco; a BR-230, chegou à Beira-mar pelo Retão de Manaíra; o Cabo Branco ganhou uma avenida de retorno e o contorno do Farol; paralela à Epitácio, surgiu a Avenida Beira Rio. Nasceu a Cidade Padre Zé. Deixou a Lagoa toda ajardinada e com um sistema de irrigação permanente; reformou a Bica e levou para a maré a água que transformava o Bairro dos Estados em uma lagoa a cada inverno. Construiu os mercados do Bairro dos Estados, Jaguaribe, Castelo Branco e Oitizeiro. Tudo isso em apenas dois anos e dez meses.
A ligação da Cidade Alta com a Cidade Baixa deu lugar ao Viaduto da Miguel Couto. Como era o terceiro viaduto da cidade foi batizado de Terceirão, na data de sua abertura. Passaram a chamá-lo de Viaduto Dorgival Terceiro Neto, porém nunca houve uma lei que concedesse esse batismo.
Em 1974, terminando seu mandato de prefeito foi eleito indiretamente vice-governador juntamente com o governador Ivan Bichara, assumiu o cargo de governador em 14 de agosto de 1978, a 15 de março de 1979, passando o cargo para Tarcísio Burity. Deixando o governo, passou a trabalhar no Jornal A União.
Dorgival torna-se membro da Academia Paraibana de Letras. Assumiu a cadeira de número 07, no dia 17 de junho de 1999, tendo como patrono Arthur Achiles. Foi recepcionado pelo jornalista e acadêmico Luiz Gonzaga Rodrigues.
Em um discurso Dorgival chegou a traçar o seu perfil: “Ninguém procura o destino; percorrem-se caminhos que levam até ele. Menino do mato, nascido nas terras sáfaras de Taperoá, que foi meu berço e será meu túmulo, criei-me contemplando, a pouca distância das fraldas da Borborema, a Pedra do Pico, segundo ponto mais alto da Paraíba, com o feitio de um polegar gigante apontando para o infinito. Mas minha admiração silenciosa para o alto, nunca me infundiu inveja e nem ambição para alcançar mais do que a vida me reservasse.
O escritor foi casado com Marlene Muniz Terceiro Neto, com quem teve três filhos. Ele morreu aos 80 anos, vítima de parada cardíaca. Em seu velório o Governador Ricardo Coutinho declarou emocionado: “Dorgival tinha um olhar futuro da cidade e construiu várias obras na capital como o Retão de Manaíra e a Avenida Beira Rio, em uma época em que não havia nada. Ele deixa um vazio na política do nosso Estado, mas contribuiu para um legado não só enquanto gestor, mas como homem honrado e digno que podia andar pela cidade de cabeça erguida por sua contribuição. Ele ainda estava na ativa, mesmo que fosse para dar suas opiniões e ver a cidade continuar a crescer”.
Fontes:
http://radiotabajarapb.blogspot.in/2013/04/a-ultima-entrevista-do-ex-governador.html?m=1/
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/terceiro-neto-dorgival/
http://paraiba.pb.gov.br/amigos-prestam-homenagem-ao-ex-governador-dorgival-terceiro-neto/