Naturalidade: Alagoa Nova – PB
Nascimento: 10 de Janeiro de 1905
Atividade artístico-cultural: poeta
Atividade exercício-profissional: jornalista e historiador e cronista
Eudes Barros nasceu em Alagoa Nova, onde viveu há algum tempo. Fez seus estudos primários e secundários na capital do estado da Paraíba e muito jovem ainda, escreveu seu primeiro livro de poemas, que intitulou “Fontes e paús”. E dedicou um dos seus versos à sua terra natal, a que ele chamou “sítio de mangueiras”.
Foi na capital que passou grande parte de sua existência, onde lançou seu segundo livro, ainda de poesias, sob o título de “Cânticos da Terra Jovem”, livro este que teve grande repercussão, sobretudo pelo magnífico poema “Jesus brasileiro”, essa repercussão do poema foi tanta, que chegou a ser declamado na BBC de Londres.
Eudes Barros não foi apenas poeta, foi historiador e jornalista, chegando a fundar um jornal intitulado “A Rua”, que funcionou por muito tempo na antiga rua Duque de Caxias. Jornalista vigoroso, polêmico, colaborou por muito tempo no tradicional matutino “A União”, sobretudo quando este jornal foi dirigido pelo genial Carlos D. Fernandes, a quem Eudes respeitava e admirava. Articulista, cronista, o poeta também escreveu uma série de sueltos assinados por “Til”.
Chegou a escrever nos jornalzinhos da Festa das Neves e conhecido por seu temperamento polêmico por natureza, dele podia se dizer: não tem papa na língua. E, certa vez, na administração do governador de Argemiro de Figueiredo, chegou a complicar o governo, dizendo na manchete de seu jornal que “a polícia estava tramando contra o governo”. Isto foi o bastante para ele ser agredido em pleno Ponto de Cem Réis por policiais. Mas Eudes soube se desembaraçar dos agressores, graças ao fôlego para uma boa carreira.
Poeta, jornalista e historiador, escreveu “Dezessete” em 1937 seu primeiro romance histórico, que depois passou a se denominar “Eles sonharam com a liberdade”. O livro teve grande repercussão e teve como tema a Revolução de 1817. E como ensaísta, escreveu um primoroso estudo sobre Augusto dos Anjos. Sua mãe, Pia de Luna Freire, que enviuvou muito moça, casou-se depois com José Augusto Romero.
Eudes Barros viveu o resto de sua vida no Rio de Janeiro, nunca se casou, e era colaborador efetivo do nosso Instituto Histórico.
Sandra Vasconcelos
Fontes:
https://www.carlosromero.com.br/2013/03/eudes-barros-uma-inteligencia-brilhante.html
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/eudes_barros.html
https://www.carlosromero.com.br/2013/07/eudes-era-assim.html